O comando antiterrorista da polícia britânica descartou hoje a origem criminosa no incêndio que levou ao encerramento do aeroporto de Heathrow, em Londres, no Reino Unido, na semana passada, noticia a Sky News.
"Após as investigações efetuadas até à data, os agentes não encontraram provas que sugiram que o incidente tenha sido de natureza suspeita" e, por isso, este assunto não está a ser tratado "como potencialmente criminoso", disse a polícia, em comunicado.
Recorde-se que a polícia Metropolitana tinha afirmado não haver "qualquer indício" de origem criminosa no incêndio, mas confirmou o envolvimento da unidade de combate ao terrorismo.
O incêndio na subestação de North Hyde, em Hayes, no oeste de Londres, teve origem num transformador com 25.000 litros de óleo de refrigeração. Obrigou ao encerramento daquele que é o maior aeroporto da Europa, em termos de tráfego de passageiros, na sexta-feira, após ter levado a um corte de energia.
O alerta foi dado pelas 23h23 de quinta-feira.
A polícia afirmou que vai continuar a apoiar os investigadores da rede de eletricidade britânica National Grid, dos bombeiros de Londres e da operadora de energia SSEN.
"Caso surja alguma nova informação ou prova relevante, esta será analisada e considerada conforme adequado", vincou.
Numa declaração na segunda-feira no parlamento, a ministra dos Transportes britânica, Heidi Alexander, descreveu o encerramento total do aeroporto de Heathrow como um "acontecimento sem precedentes" e afirmou ser "preciso tirar lições" para garantir que nada de semelhante se repita no futuro.
"O que sabemos é que houve um corte de energia sem precedentes e que não foi o resultado de um único ponto de falha no sistema de transmissão ou distribuição de eletricidade", afirmou.
O aeroporto indicou que não tinha energia suficiente de outras subestações para garantir a continuação de todos os sistemas em todo o aeroporto e procedeu à reconfiguração da rede elétrica interna para permitir a retoma total das operações utilizando os outros dois pontos de abastecimento externos.
De acordo com a ministra, "os sistemas de reserva garantiram a manutenção permanente dos sistemas e protocolos de segurança, mas não foram concebidos para apoiar as operações completas do aeroporto de Londres".
O incêndio foi controlado ao fim de sete horas, mas o aeroporto esteve encerrado durante quase 18 horas.
No total, o corte de energia no aeroporto interrompeu os planos de viagem de cerca de 200 mil pessoas.
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