Um norte-americano foi detido, na segunda-feira, depois de visitar a Ilha Sentinela do Norte, onde habita um povo indígena protegido que não tem contacto com o mundo moderno. A notícia é avançada pela Agência France-Presse (AFP), que dá conta de que o turista de 24 anos foi detido dois dias depois de visitar o local, que pertence à Índia.
"Ficou brevemente na costa durante cerca de cinco minutos, deixou ofertas, recolheu areia e gravou um vídeo antes de regressar ao seu barco", explicou um responsável da polícia. Segundo o chefe da polícia de Andaman e Nicobar, HGS Dhaliwal, as autoridades recolheram imagens da sua GoPro que mostravam a sua entrada na ilha restrita, que se acredita ter cerca de 150 habitantes.
O cidadão norte-americano já foi presente a tribunal e será interrogado durante três dias. O jovem tentou encontrar-se com o povo, levando apenas um coco e uma lata de Coca-Cola.
🇮🇳U.S. TOURIST ARRESTED AFTER ILLEGAL TRIP TO SENTINELESE ISLAND WITH CAN OF COKE
— Mario Nawfal (@MarioNawfal) April 3, 2025
An American tourist has been arrested in India after sneaking onto North Sentinel Island—a restricted tribal reserve—and leaving a can of Coca-Cola and a coconut as “offerings” to the… pic.twitter.com/atB3Fgh7jY
Nem estrangeiros, nem indianos estão autorizado a aproximar-se a menos de cinco quilómetros deste local, para preservar o modo de vida da tribo.
Ainda segundo a imprensa, esta não foi a primeira vez que o turista, Mykhailo Viktorovych Polyakov, tentou entrar na ilha. A sua 'estreia' foi em outubro de 2024, quando Polyakov usou um barco insuflável para tentar entrar no local, mas foi travado por pessoas que trabalhavam num hotel. Fez ainda outra tentativa em janeiro deste ano, mas acabou por conseguir entrar no espaço restrito esta semana - desta vez, com um barco a motor. Antes de atracar, o turista norte-americano passou uma a assobiar para chamar à atenção da tribo.
Segundo o que explica a imprensa, a língua dos sentineleses e as suas rotinas são um mistério para quem está de fora. O povo, que não tem contacto com o exterior, é visto também de forma hostil, tendo em 2018 feito manchetes devido à morte de um homem.
De acordo com o que conta o jornal The Guardian, foi nesse ano que um missionário de 27 aos morreu, após entrar ilegalmente no território. Em causa está John Allen Chau, cujo corpo não foi recuperado. Neste caso, não foi aberta também nenhuma investigação pelas autoridades indianas.
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