Trump usa expressão "kissing my ass" ao falar de outros países. Há vídeo

Presidente dos Estados Unidos assegura que países estão a implorar por acordos sobre tarifas.

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© Chip Somodevilla/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
09/04/2025 08:53 ‧ há 2 semanas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Trump

O presidente norte-americano, Donald Trump, usou a expressão "kissing my ass" para dizer que os líderes mundiais estão a bajulá-lo para negociar as tarifas impostas pelos Estados Unidos.

 

Esta declaração foi num jantar do Comité Nacional Republicano para o Congresso, na terça-feira. 

"Estou a dizer-vos, estes países estão a ligar-nos, a bajular-me. Estão a morrer para fazer um acordo. 'Por favor, por favor, senhor, deixe-me fazer um acordo. Eu faço qualquer coisa", disse Trump, enquanto discursava. 

Mais concretamente, Trump usou a expressão "kissing my ass", que, na tradução literal, significa "beijar-me o traseiro". 

As tarifas, que o presidente dos EUA chama de "recíprocas", entraram esta quarta-feira em vigor, tratando-se de uma taxa que se soma à tarifa mínima global de 10% que se começou a aplicar em 5 de abril.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na semana passada, num dia que apelidou de "dia da libertação", uma tarifa de 10% sobre 184 países e territórios, incluindo a União Europeia (UE), bem como a imposição de uma tarifa adicional para aqueles que considera serem os "piores infratores".

Está em causa uma tarifa "recíproca", que corresponde a cerca de metade da taxa aplicada pelos outros países aos EUA, disse Trump, tendo exibido uma tabela com o nível das barreiras comerciais e não comerciais sobre produtos norte-americanos em vários países.

Contempla uma taxa de 20% sobre as importações da União Europeia e de 34% sobre os produtos chineses, enquanto os produtos da Índia passam a pagar 26%, de Taiwan 32% e do Vietname 46%.

Encontram-se na lista ainda outros países, que podem no entanto entrar em negociações com os EUA para impedir a aplicação imediata das tarifas.

Para o Japão, estava prevista uma taxa de 24%, mas o país está em conversações com os Estados Unidos sobre as tarifas, sendo que o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, pediu que Washington revisse as medidas no âmbito das consultas entre as duas partes.

Entretanto, na terça-feira, a Casa Branca confirmou que os EUA passarão a taxar a 104% as importações chinesas a partir de hoje, cumprindo a ameaça de aumento das tarifas em 50 pontos percentuais (acima dos 54% previstos), após a China ter anunciado que vai impor uma tarifa de 34% sobre as importações de todos os produtos dos Estados Unidos a partir de 10 de abril.

Já a UE espera apresentar a resposta às tarifas de 20% impostas pelos Estados Unidos no início da próxima semana.

Segundo a Casa Branca, estas tarifas adicionais "permanecerão em vigor até que o presidente Trump determine que a ameaça representada pelo défice comercial e pelo tratamento não recíproco subjacente seja satisfeita, resolvida ou mitigada".

A ordem executiva que foi assinada "também contém autoridade de modificação, permitindo que o presidente Trump aumente a tarifa se os parceiros comerciais retaliarem ou diminua as tarifas se os parceiros comerciais tomarem medidas significativas para remediar acordos comerciais não recíprocos e se alinharem com os Estados Unidos em questões económicas e de segurança nacional".

A imposição de novas tarifas está a gerar ondas de choque na economia global, enquanto parceiros e adversários comerciais prepararam resposta perante as incertezas da guerra comercial.

Leia Também: Trump bloqueia financiamento de universidades por alegado antissemitismo

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