"Conseguimos recuperar o corpo de um mártir que foi encarregado de proteger o prisioneiro Edan Alexander", declarou hoje o porta-voz do grupo armado, Abu Obeida, numa mensagem divulgada pela agência de notícias palestiniana Sanad.
O destino do prisioneiro e dos restantes combatentes envolvidos na sua detenção "é desconhecido", acrescentou.
"Estamos a tentar proteger todos os prisioneiros e preservar as suas vidas, apesar da brutalidade da agressão. No entanto, as suas vidas estão em perigo devido aos bombardeamentos criminosos levados a cabo pelo Exército inimigo", alertou Abu Obeida.
Na terça-feira, o mesmo porta-voz tinha anunciado a perda de contacto com o grupo que mantinha Edan Alexander em cativeiro, no seguimento de um bombardeamento israelita no local onde o refém e os seus captores se encontravam.
Em 12 de abril, o Hamas divulgou um vídeo de Edan Alexander vivo, no qual o refém, capturado enquanto servia numa unidade de elite perto da Faixa de Gaza, criticava o Governo israelita pela sua detenção.
O Hamas usa com frequência declarações públicas dos reféns, sem condições para se exprimir livremente, com intuitos políticos e colocar pressão sobre as autoridades israelitas.
Israel quebrou no mês passado a trégua que vigorava no enclave palestiniano e voltou a realizar operações militares em grande escala, exigindo a libertação de todos os reféns e declarando o objetivo de eliminar o Hamas.
O grupo palestiniano exige por seu lado que os ataques militares cessem antes de libertar os restantes 59 reféns, dos quais Israel acredita que apenas 24 estejam vivos.
A guerra foi desencadeada pelos ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que fizeram cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 250 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 50 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, na maioria mulheres e crianças, e deixou o território destruído e a quase totalidade da população deslocada.
As partes mantêm canais de negociação com os mediadores internacionais -- Egito, Qatar e Estados Unidos -- para uma nova suspensão das hostilidades e libertação dos reféns ainda em posse do Hamas, mas não chegaram a acordo.
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