"De acordo com os elementos recolhidos até ao momento, a investigação indica que a morte foi causada por um tiro de tanque proveniente de tropas [do exército] que operavam na zona", disseram as forças armadas israelitas, lamentando o incidente.
O mesmo comunicado indicou que "o edifício foi atingido devido à presença inimiga presumida e não foi identificado pelas forças como uma instalação da ONU", numa referência à explosão num edifício do Escritório da ONU para os Serviços de Apoio a Projetos (Unops) em Deir el-Balah, que resultou na morte de um funcionário búlgaro.
Até agora, o exército israelita tinha negado qualquer responsabilidade no ataque de março, mas Israel anunciou a abertura de uma investigação sobre "as circunstâncias" do incidente.
A força militar afirmou "lamentar profundamente este grave incidente e continua a realizar uma investigação detalhada a fim de tirar lições operacionais e avaliar medidas adicionais para evitar episódios semelhantes no futuro".
A 19 de março, a ONU anunciou a morte do funcionário e a 24 de março, um porta-voz da organização, Stéphane Dujarric, tinha apontado para "um tanque israelita" como responsável e anunciado uma redução no número de funcionários internacionais na Faixa de Gaza.
A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a 07 de outubro de 2023 que, segundo Telavive, causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que provocou 51.300 mortos, de acordo com dados das autoridades palestinianas.
Leia Também: Dez palestinianos morreram num bombardeamento israelita no norte de Gaza