Crimeia? Zelensky responde a Trump e recorda-o da sua anterior posição

Em causa está o facto de Trump ter criticado Zelensky por ter afirmado que a "Ucrânia não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia". Em 2018, a anterior administração de Trump defendia que "nenhum país pode mudar as fronteiras de outro pela força".

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© Shannon Stapleton/Reuters

Notícias ao Minuto com Lusa
23/04/2025 22:05 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, respondeu esta quarta-feira ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e recordou a posição da sua anterior administração em relação à anexação da Crimeia.

 

Em causa está o facto de Trump ter criticado Zelensky por ter afirmado que a "Ucrânia não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia". Para Trump, "esta declaração é muito prejudicial para as negociações de paz com a Rússia, na medida em que a Crimeia foi perdida há anos sob os auspícios do presidente Barack Hussein Obama, e nem sequer é um ponto de discussão". 

Numa publicação, nas redes sociais, Zelensky frisou que "a Ucrânia agirá sempre de acordo com a sua Constituição".

"Estamos plenamente confiantes de que os nossos parceiros, e em particular os Estados Unidos, agirão de acordo com as suas decisões sólidas", escreveu na descrição de uma imagem que mostrava uma declaração feita em 2018 pelo então secretário de Estado Mike Pompeo, um dos antigos subordinados de Trump no primeiro mandato (2017-2021) com quem este rompeu relações.

A declaração refere que "nenhum país pode mudar as fronteiras de outro pela força".

O texto do Departamento de Estado diz ainda que os Estados Unidos se recusam a reconhecer as reivindicações de soberania do Kremlin sobre territórios conquistados em violação do direito internacional.

Segundo o canal norte-americano CNN, que cita uma fonte diplomática, a proposta norte-americana que causou o impasse nas negociações inclui o reconhecimento da anexação da Rússia sobre a Crimeia, a par de um cessar-fogo ao longo das linhas de frente da guerra.

Qualquer iniciativa no sentido de reconhecer o controlo da Crimeia pela Rússia inverteria uma década de política norte-americana.

Na terça-feira, antes das conversações que estão a decorrer em Londres com representantes norte-americanos, europeus e ucranianos, Zelensky excluiu qualquer cedência de território ucraniano à Rússia num acordo.

"Não há nada para falar - é a nossa terra, a terra do povo ucraniano", afirmou.

Trump criticou esta "declaração", que considerou "muito prejudicial para as negociações de paz com Rússia". "Declarações inflamadas como a de Zelensky" estão a dificultar a resolução da guerra, afirmou.

"A situação da Ucrânia é terrível - [Zelensky] pode ter paz ou pode lutar por mais três anos antes de perder o país todo", escreveu Trump.

Trump alerta Zelensky:

Trump alerta Zelensky: "Paz ou luta por três anos antes de perder o país"

Em causa está uma declaração de Zelensky, que defendeu que a "Ucrânia não reconhecerá legalmente a ocupação da Crimeia".

Notícias ao Minuto | 19:01 - 23/04/2025

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

Leia Também: Das polémicas às tarifas. Eis os momentos-chave de Musk na Casa Branca

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