Foram esta terça-feira revelados alguns detalhes sobre os últimos momentos do Papa Francisco, que ontem morreu, nomeadamente o aceno que fez ao seu enfermeiro pessoal, Massimiliano Strappetti, a quem também agradeceu horas antes, segundo revelou a agência de notícias do Vaticano. Mas quem é este profissional?
Com 56 anos, o enfermeiro já é bem conhecido dentro da Santa Sé.
Trabalhou durante vários anos no departamento de Reanimação do Hospital Gemelli, em Roma, que costuma receber os papas, e, posteriormente, começou a trabalhar para o Serviço de Saúde da Santa Sé, onde tratou os papas João Paulo II e Bento XVI, tal como destaca a imprensa internacional.
Em 2021, Francisco reconheceu o seu trabalho, ao dizer que Strappetti lhe "salvou a vida" por recomendar que não adiasse uma cirurgia de diverticulite. No ano seguinte, nomeou-o seu assistente pessoal de saúde.
Sobre a sua vida pessoal pouco se sabe. É casado, dedica-se a voluntariado e é adepto da Lazio, segundo a agência italiana Ansa.
Nas últimas semanas, esteve sempre com o Papa, prestando-lhe assistência a tempo inteiro.
Note-se que a última aparição pública do Papa foi no Domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera da sua morte. Francisco ainda perguntou a Strappetti se achava que ele conseguiria levar em frente o programa acordado e o enfermeiro tranquilizou-o. Depois, o Papa agradeceu-lhe e disse: "Obrigado por me levar de volta à praça".
Sabe-se que, depois, Francisco teve uma tarde de domingo "calma" e desfrutou do seu jantar. O Papa terá apresentado alguns sinais de indisposição pelas 05h30. Acenou a Strappetti, deitado da sua cama, mais de uma hora depois, e terá entrado em coma.
A agência diz que os que tiveram do seu lado relatam que Francisco não sofreu e tudo foi muito rápido. Recorde-se que o Papa morreu devido a um acidente vascular cerebral (AVC).
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