As cerimónias fúnebres do Papa Francisco vão realizar-se no sábado de manhã às 10h00 locais (09h00 em Lisboa) na Praça de São Pedro, anunciou hoje o Vaticano.
Portugal estará representado pelas três mais altas figuras do Estado: o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa; o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro. A delegação portuguesa incluirá ainda o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, logo na segunda-feira, que irá com a sua mulher, Melania, ao funeral: "Mal podemos esperar!", escreveu na rede Truth Social.
Em sentido contrário, o líder russo, Vladimir Putin, foi um dos poucos que até agora confirmou que não irá estar presente nas cerimónias fúnebres: "O presidente não tem isso planeado", comentou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Já a deslocação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acompanhado da sua mulher, Olena Zelenska, está "prevista", anunciou Kiev.
A União Europeia também estará representada ao mais alto nível, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.
De países europeus, foram confirmadas as presenças dos Reis de Espanha, Felipe VI e Letizia; do presidente francês, Emmanuel Macron; do chanceler cessante alemão, Olaf Scholz; do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; do presidente polaco, Andrzej Duda; da Rainha Matilde da Bélgica; do presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda; do chefe de Estado da Letónia, Edgars Rinkevics, e do presidente húngaro, Tamás Sulyok.
Javier Milei, o presidente da Argentina - país de que era natural o Papa - também deverá deslocar-se às cerimónias.
Dos países lusófonos, apenas o presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, confirmou até ao momento que assistirá ao funeral, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Bendito Freitas.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no Domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer, depois de ter estado internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
No sábado, após o funeral, o caixão vai ser imediatamente transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, tal como Francisco deixou escrito.
"Peço que o meu túmulo seja preparado no nicho do corredor lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza da referida Basílica Papal", indica o testamento.
O túmulo, escreveu o Papa argentino, deve ser na terra; simples, sem decoração particular e com a única inscrição: "Franciscus".
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