O arcebispo excomungado Carlo Maria Viganò, um dos mais duros críticos do Papa Francisco, continua a apontar o dedo ao Sumo Pontífice, mesmo após a morte. Esta segunda-feira, afirmou que "há um juízo particular para todos, do qual nem Bergoglio poderia escapar", acrescentando que "terá de responder pelos crimes com os quais foi manchado".
"Por ter usurpado o trono de Pedro para destruir a Igreja Católica e perder tantas almas", acusou Carlo Maria Viganò, que foi excomungado pelo Papa no ano passado, num comunicado citado pelos jornais italianos.
O Vaticano justificou, em 2024, a decisão de excomungar Carlo Maria Viganò por o italiano se recusar a reconhecer e a sujeitar-se ao Sumo Pontífice - a quem chamava de "tirano fora de controlo" -, à comunhão com os membros da Igreja e à legitimidade e autoridade magisterial do Concílio Ecumênico Vaticano II.
O Papa Francisco morreu, esta segunda-feira, aos 88 anos, devido a um AVC, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.
A última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
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