Favoritos a Papa já são conhecidos e há um português entre eles

Conheça o perfil de cada um dos putativos sucessores a Francisco.

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© Franco Origlia/Getty Images

Notícias ao Minuto
21/04/2025 13:30 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Mundo

Papa Francisco

O Papa Francisco morreu, esta segunda-feira, 21 de abril, aos 88 anos e após 12 anos à frente da Igreja Católica, dando inicio assim à chamada 'Sede Vacante', como é chamado o período em que os católicos ficam sem líder.

 

A Igreja Católica tem agora entre 15 a 20 dias para iniciar a assembleia dos cardeais eleitores, que vai culminar no Conclave e eleição do sucessor de Francisco.

Entretanto, a plataforma online Cardinalii Collegii Recensio, que é liderada por uma equipa de jornalistas e especialistas em assuntos do Vaticano, apontou vários nomes como putativos futuros papas.

Tolentino de Mendonça, 59 anos - Portugal

Apesar de não constar na lista dos 12 putativos Papas, o cardeal português Tolentino de Mendonça é apontado também pela Cardinalii Collegii Recensio como uma possível escolha.

Tolentino, que é também poeta e amante da literatura, nasceu em Machico, na ilha da Madeira, e é ligado à ala progressista da Igreja. Ao longo da sua vida sacerdotal, tem causado alguma controvérsia.

Apesar de nunca ter falado sobre o assunto, muitos são os que defendem que é "tolerante" à homossexualidade. Tinha uma estreita afinidade com o Papa Francisco e é visto como "uma figura emergente na religião católica".

Os 12 'preferidos':
   

Matteo Zuppi, 69 anos - Itália

Natural de Itália, Matteo Zuppi é um dos cardeais que mais se aproxima do ideal de Igreja do Papa Francisco. Apelidado de 'padre da rua', a sua abordagem foca-se em rejeitar o ódio, abraçando o pluralismo religioso.

Realizou alianças com a política de esquerda italiana, é defensor do acolhimento dos homossexuais, do amor entre pessoas do mesmo sexo. Apesar de tentar manter o diálogo com os mais conservadores.

Péter Erdő, de 72 anos - Hungria

O cardeal Péter Erdő é natural da Hungria e conhecido como defensor da estrutura hierárquica da Igreja. Opõe-se ao celibato opcional para padres e deu grande ênfase à Nova Evangelização e ao ministério para a juventude.

É contra a união homossexual, mas favorece o apoio pastoral. É a favor do acompanhamento pastoral para divorciados "recasados", mas só nos casos em que não há nenhuma dúvida sobre o ensinamento da Igreja.

Reconhece o direito de migrar, mas já falou dos perigos de integrar refugiados.

Apoia o diálogo com religiões não cristãs. Nega o universalismo, porém, acredita que todos podem ser salvos.

Luis Antonio Tagle, 67 anos - Filipinas

Natural das Filipinas, Luis Antonio Tagle já foi apelidado de "Francisco Asiático" e apontado como o futuro líder da Igreja Católica. É muitas vezes descrito como "brincalhão", o que o aproxima dos fiéis.

É um defensor das causas populares como, por exemplo, as que estejam relacionadas com a ecologia e, em 2019, teve mesmo uma participação ativa no controverso ritual 'Pachamama' nos Jardins do Vaticano.

Apesar de algumas das suas posições serem dúbias, de uma forma geral, são progressistas e pró-Francisco.

Robert Sarah, 79 anos - Guiné-Bissau

O guineense Robert Sarah opõe-se à abolição do celibato sacerdotal e à bênção a casais do mesmo sexo, tornando-se um dos críticos mais vociferantes da 'Fiducia Supplicans' (um documento aprovado pelo Papa Francisco sobre as chamadas "relações irregulares").

Num livro que escreveu em co-autoria com o Papa Bento XVI mostrou-se também contra ordenar mulheres diáconos, dizendo que essa questão foi excluída da Igreja.

Malcolm Ranjith, 77 anos - Sri Lanka

Natural do Sri Lanka, Malcolm Ranjith já mostrou estar em sintonia com o Papa Francisco na preocupação com os pobres. No entanto, há assuntos em que mostraram posições opostas.

Acredita na pena de morte em certos casos, no capitalismo ético e defende o "retorno à verdadeira liturgia da Igreja". Rejeita o socialismo.

Fridolin Ambongo Besungu, 65 anos - República Democrática do Congo

Fridolin Ambongo Besungu é natural da República Democrática do Congo e descreve-se como "sentinela". Tem uma posição clara quando se trata de questões políticas e de justiça social e critica abertamente o governo.

Defende a família, o celibato sacerdotal e a doutrina moral da Igreja e fez de tudo para não participar na declaração da 'Fiducia Supplicans'.

Pietro Parolin, 70 anos - Itália

O italiano Pietro Parolin tem uma trajetória semelhante à do ex-diplomata Papa Paulo VI. É especialista em questões relativas ao Médio Oriente e à situação geopolítica do continente asiático.

É visto como "confiável" mas com falta de experiência pastoral. Além disso, é contra um "novo paradigma" para a Igreja, descentralizado, mais global e sinodal.

Pierbattista Pizzaballa, 59 anos - Itália

Italiano, Pierbattista Pizzaballa tem várias semelhanças com o Papa Francisco, desde logo a preocupação com os migrantes e o diálogo inter-religioso.

Apesar de defender as tradições e práticas da Igreja, mostra-se aberto aos temas mais contemporâneos. Acredita que a igreja é aberta a todos, mas isso não significa que "pertença a todos".

Anders Arborelius, 75 anos - Suíça

Já Anders Arborelius, da Suíça, é mais tradicional. Defende o celibato sacerdotal e opõe-se à ordenação de mulheres e opõe-se a que pessoas não-católicas recebam a Eucaristia.

Porém, tem uma forte preocupação com o meio ambiente e alia-se ao pensamento do Papa Francisco sobre a migração.

Willem Eijk, 71 anos - Países Baixos

O neerlandês Willem Eijk é ortodoxo e pró-vida. Defende os ensinamentos da igreja e é contra o divórcio e as relações homossexuais.

Jean-Marc Aveline, 66 anos - França

Natural de França, Jean-Marc Aveline sempre foi cuidadoso em emitir opiniões sobre assuntos polémicos, pelo que a sua posição sobre celibato, divorciados, homossexualidade e ordenação de mulheres não é conhecida.

Apesar da cautela, já defendeu que o centro de gravidade da Igreja não está nela mesma, mas no relacionamento de Deus com o mundo.

O que faz com que, de alguma forma, seja visto como liberal e consensual.

Charles Bo, 76 anos - Myanmar

Charles Bo, de Myanmar, é visto como um homem de vários ofícios. É cardeal, dramaturgo, gosta de desporto.

Foca os seus discursos, muitas vezes, na Justiça e na Paz, fugindo a temas mais polémicos.

Apesar de nunca ter expressado publicamente a sua opinião sobre estes temas, há quem defenda que é contra a ordenação de mulheres, o celibato sacerdotal e dar a bênção a casais do mesmo sexo.

Leia Também: AO MINUTO: Mundo chora morte de Francisco; Governo decreta luto nacional

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