Num comunicado, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) disseram que a equipa da região semiautónoma chinesa deverá trabalhar em Myanmar durante pelo menos 14 dias em algumas das áreas mais afetadas pelo terramoto.
De acordo com a televisão pública TDM - Teledifusão de Macau, o líder da equipa, O Leong, disse que a missão poderá ser prolongada de acordo com as necessidades das autoridades de Myanmar.
Os médicos de Macau "estabelecerão um mecanismo de trabalho em coordenação com o departamento de saúde de Myanmar, ajudarão na análise das necessidades médicas na área do desastre e prestarão apoio técnica no tratamento de traumas e na prevenção e controlo de doenças infeciosas", referiram os SSM.
Um dos elementos da equipa, formada a pedido da Organização Mundial da Saúde, é Chan Soi Fan, consultora do núcleo de prevenção e doenças infecciosas e vigilância da doença do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos SSM.
Os SSM recordaram que a primeira vez que Macau enviou uma equipa para o estrangeiro foi em maio de 2020, quando cinco médicos locais foram apoiar a Argélia e o Sudão no combate à pandemia da covid-19.
O terramoto de magnitude 7,7 na escala de Richter que atingiu Myanmar a 28 de março causou mais de 3.700 mortos no país, assim como 22 na vizinha Tailândia, levando a junta militar no poder a declarar um cessar-fogo temporário até 02 de abril.
Embora tanto a oposição pró-democracia como as guerrilhas étnicas tenham aderido à trégua, para facilitar a chegada de ajuda humanitária, as Nações Unidas contabilizaram mais de 120 ataques perpetrados pelo exército após o terramoto.
Desde o golpe militar de 2021, Myanmar está mergulhado numa profunda crise política e humanitária, com um conflito armado que já deslocou mais de 2,6 milhões de pessoas, segundo a ONU.
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