"Embora a OIM não estivesse a operar as instalações [do centro], estamos empenhados em monitorizar de perto a situação e prontos para prestar apoio, se necessário", disse a OIM, num comunicado hoje divulgado.
A organização, que integra o sistema das Nações Unidos, pediu ainda que todas as partes em conflito deem prioridade à proteção dos civis e ao cumprimento do direito internacional.
Segundo os rebeldes huthis do Iémen, pelo menos 68 pessoas foram mortas e 47 ficaram feridas na sequência de um bombardeamento norte-americano a um centro de detenção para migrantes africanos na cidade de Saada, no norte do Iémen, o bastião do grupo xiita pró-iraniano.
Os huthis alegaram ainda que o centro, que albergava sobretudo migrantes africanos, estava "sob a gestão e o conhecimento" da OIM e do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), e pediram a estas organizações que documentassem "o massacre".
O CICV também informou que o centro afetado não está sob a sua supervisão direta ou a do Crescente Vermelho Iemenita, embora tenha indicado que equipas deste último estiveram envolvidas na retirada dos feridos para os hospitais e no tratamento dos corpos.
As autoridades do CICV já visitaram o centro, no âmbito do seu trabalho de assistência a pessoas privadas de liberdade, adiantou o porta-voz da organização para o Médio Oriente, Suhair Zakkout, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O atentado aconteceu poucas horas depois de pelo menos oito civis terem sido mortos noutro bombardeamento norte-americano, num subúrbio de Bani al-Harith, a cerca de 20 quilómetros a norte de Sanaa.
A 15 de março, os Estados Unidos lançaram uma campanha de bombardeamentos em grande escala contra os rebeldes huthis, ordenada pelo Presidente Donald Trump, para prejudicar a capacidade dos rebeldes iemenitas de ameaçar a navegação no Mar Vermelho.
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