Três dos novos detidos são menores de idade e todos terão atuado em nome do grupo denominado "DDPF" - que pode ser traduzido como Defesa dos Direitos dos Prisioneiros Franceses - divulgou a Procuradoria Nacional Antiterrorista (Pnat) ao jornal francês Le Figaro.
As últimas detenções resultraram de uma operação lançada na madrugada de quarta-feira em zonas de Paris, Marselha, Lyon e Bordéus, onde foram também efetuadas várias buscas, segundo a Pnat e a Jurisdição Nacional de Combate ao Crime Organizado (Junalco).
Na terça-feira à noite, 25 pessoas ficaram presas no âmbito de investigações sobre pelo menos "65 incidentes" registados nas prisões francesas, incluindo carros incendiados e tiroteios, segundo a Pnat.
Duas pessoas foram entretanto libertadas da prisão preventiva, que pode durar até 96 horas, anunciou o Ministério Público.
As forças de segurança estão a lidar com mais de uma dúzia de ataques, incluindo ataques incendiários a veículos em parques de estacionamento de prisões e até tiroteios nas proximidades de algumas prisões.
A maior parte deles ocorreu entre 13 e 21 de abril, embora também tenham sido detetados outros incidentes que podem não estar diretamente relacionados com o objeto principal da investigação.
A situação levou as autoridades a libertar da prisão e a colocar sob custódia policial cinco reclusos considerados como os principais instigadores destes ataques.
Um deles é um homem de 22 anos que se encontra na prisão de Avignon (sul da França) e que é considerado um dos principais membros da máfia de drogas DZ, enquanto pelo menos três outros admitiram pertencer a esta organização criminosa sediada em Marselha.
"Cabe à investigação judicial provar que as organizações de traficantes - esta é um delas, mas há outros - estão a tentar intimidar-nos", afirmou o ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin.
As detenções foram feitas depois da Pnat ter aberto um inquérito por "associação terrorista para cometer um crime" e "tentativa de homicídio relacionada com um empreendimento terrorista", na sequência dos primeiros ataques.
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