O ministro Badr al-Busaidi anunciou hoje o adiamento, numa publicação na rede social X divulgada pela Agência Associated Press (AP), na qual aponta "razões logísticas".
De acordo com o governante, a reunião, inicialmente agendada para sábado, em Roma, será remarcada.
As novas datas devem ser "anunciadas quando mutuamente acordadas", escreveu na rede social, sem acrescentar mais detalhes.
A terceira ronda de negociações entre o Irão e os Estados Unidos sobre o programa nuclear aconteceu em 26 de abril, em Mascate, capital de Omã, após a qual Badr al-Boussaïdi, que tinha mediado as duas rondas anteriores (em Mascate e Roma), emitiu uma nota positiva sobre o encontro.
O Irão e os EUA "identificaram uma aspiração compartilhada de chegar a um acordo com base no respeito mútuo e em compromissos duradouros", publicou al-Busaidi na rede social X, acrescentando que a próxima reunião de alto nível estava provisoriamente agendada para 03 de maio, sábado.
Teerão e Washington não mantêm relações diplomáticas desde 1980, sendo estas conversações as primeiras a este nível desde que os Estados Unidos se retiraram, em 2018, durante a primeira presidência de Donald Trump, de um acordo internacional assinado três anos antes e que enquadrava o programa nuclear do Irão em troca do levantamento das sanções.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem ameaçado repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa nuclear se um acordo não for alcançado.
Durante a viagem para Roma para o funeral do Papa Francisco, Trump disse novamente que esperava que as negociações terminassem em acordo, mas voltou a considerar a possibilidade de um ataque militar caso isso não aconteça.
Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, e Israel suspeitam que o Irão pretende adquirir armas nucleares. Teerão rejeita estas alegações, defendendo o seu direito à energia nuclear para fins civis, nomeadamente energéticos.
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