Milhares de norte-americanos saem à rua contra Donald Trump. As imagens

Milhares saíram às ruas dos Estados Unidos, de Nova Iorque (leste) até Los Angeles (oeste), em oposição às políticas do Presidente Donald Trump e para denunciar a sua alegada tirania. 

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Lusa
02/05/2025 06:24 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Estados Unidos

Os protestos ocorreram na quinta-feira, no 1.º de maio, que não é uma data de tradicional mobilização em massa nos Estados Unidos como é na Europa.

 

Mas dezenas de sindicatos locais e organizações da sociedade civil aproveitaram este Dia Internacional do Trabalhador para defender os direitos da classe trabalhadora e dos imigrantes diante da ofensiva do líder norte-americano.

"Acreditamos que os ultra-ricos estão a tomar conta deste país e a atacar a classe trabalhadora e a classe média", disse Shane Riddle à agência de notícias France-Press (AFP), num comício em frente à Casa Branca, em Washington (leste).

O homem de 54 anos, que trabalha para um sindicato de educação na Virgínia, teme que os Estados Unidos se possam transformar "num Governo autoritário se os cidadãos não enfrentarem o Presidente e os seus aliados bilionários", argumentou, segurando um cartaz e o punho erguido.

Muitas pessoas manifestaram-se pela primeira vez neste 1.º de maio. Mas os vários comícios na capital reuniram apenas algumas centenas de manifestantes, números semelhantes em Nova Iorque e vários milhares em Los Angeles, de acordo com fotógrafos da AFP.

Em Houston, no Texas (sul), o ativista de esquerda Bernard Sampson denunciou as rápidas deportações levadas a cabo pelo Governo de Trump, que, na sua visão, afetam os ramos da restauração e da construção civil.

Em Filadélfia (nordeste), o senador Bernie Sanders reuniu centenas de pessoas de um sindicato local para mais uma etapa do seu périplo nacional para "combater a oligarquia".

"Hoje, na América, um único homem, Elon Musk, possui mais riqueza do que os 52% mais pobres das famílias americanas", declarou o senador independente do estado do Vermont (nordeste), uma figura de destaque da esquerda norte-americana.

Esses protestos acontecem num momento em que o Partido Democrata, em minoria no Congresso, o parlamento dos Estados Unidos, luta para encontrar uma estratégia eficaz para se opor a Donald Trump.

"Sinto que não ouvi nada do partido", queixou-se Izabela Cabrera, uma estudante de 22 anos, em Washington.

"Claramente, o povo norte-americano está irritado", continuou a estudante, acrescentando: "não creio que o Partido Democrata compreenda realmente o que está a acontecer".

Cheryl McLeod, uma representante sindical de Maryland, disse, em frente à Casa Branca, que por enquanto esta "não é uma questão partidária".

"Estamos numa tirania" e "agora estamos a lutar para nos livrarmos de alguém que quer ser rei", afirmou.

O 1.º de maio como dia de mobilização da classe trabalhadora e do mundo sindical "começou aqui, em Chicago, nos Estados Unidos", no final do século XIX, recordou à AFP o historiador norte-americano Peter Linebaugh.

Esta tradição não durou muito tempo no país, mas depois espalhou-se para a Europa.

Leia Também: Donald Trump ameaça com sanções económicas quem comprar petróleo ao Irão

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