"Conseguimos progredir em discussões concretas sobre o desenvolvimento do comércio bilateral, medidas não tarifárias e cooperação económica e de segurança", disse Akazawa aos jornalistas.
O também ministro para a Revitalização Económica japonês falou com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, com quem já se tinha reunido em meados de abril, juntamente com Trump.
No início de abril, o Presidente norte-americano anunciou a imposição de uma taxa de direitos aduaneiros para todas as importações vindas do Japão de 24%, temporariamente reduzida para 10%.
À semelhança de outros países, o Japão também enfrenta uma taxa de 25% sobre as remessas de automóveis, aço e alumínio.
Uma nova ronda de "negociações ministeriais intensivas" está planeada para começar em meados de maio, disse Akazawa, que espera concluir um "acordo abrangente" que abranja todas as questões em junho.
"Ainda não chegámos ao ponto em que possamos encontrar um ponto em comum", disse hoje o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba, ao saudar as discussões como "positivas e construtivas".
A imprensa nipónica tem avançado que, como moeda de troca para o levantamento das tarifas, Tóquio poderia comprar mais milho e soja aos EUA e flexibilizar as suas normas de segurança automóvel, abrindo as estradas aos automóveis norte-americanos.
Sem confirmar essas possibilidades, Akazawa sublinhou que o Governo japonês não tem "qualquer intenção de negociar de uma forma que prejudique o interesse nacional" e assegurou que asrelações comerciais entre o Japão e a China não foi discutida.
Pequim alertou recentemente os países que estão a tentar apaziguar os Estados Unidos contra qualquer acordo comercial que comprometa os interesses chineses.
"Temos relações comerciais muito fortes com a China", bem como com os Estados Unidos, "e continuaremos a acompanhar o desenvolvimento das relações sino-americanas com grande interesse", comentou Akazawa.
Apesar de Trump mencionar frequentemente o custo do apoio militar dos EUA ao Japão, o ministro disse que as negociações não abordaram questões de segurança nem o valor da moeda japonesa.
O Presidente dos Estados Unidos tem acusado Tóquio de tirar partido indevido de um iene enfraquecido para impulsionar as exportações.
Após previsões pessimistas do banco central do Japão, a moeda nipónica caiu nas últimas horas, aproximando-se dos 146 ienes por dólar, mas mantendo-se mais forte do que em janeiro.
Também hoje, o ministro das Finanças japonês, Katsunobu Kato, disse à emissora TV Tokyo que, na ausência de progressos, as participações do Japão em títulos do Tesouro dos Estados Unidos --- cujo valor não é divulgado --- podem constituir "um ativo".
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