O Ministério dos Negócios Estrangeiros togolês afirma num comunicado consultado hoje pela agência de notícias France-Presse (AFP), que "a maioria destes compatriotas, sobretudo jovens estudantes, deixou o Togo ao abrigo de alegadas bolsas de estudo oferecidas por organizações que se dizem sediadas na Rússia".
O ministério apela os cidadãos, "em especial aos jovens que pretendem estudar no estrangeiro, para que estejam extremamente vigilantes" e a verificarem "a autenticidade das ofertas de bolsas de estudo antes de assumirem qualquer compromisso".
Devem também "contactar os serviços competentes ou qualquer outro ministério em causa (...) para obterem informações fiáveis e seguras antes de qualquer partida para o estrangeiro, nomeadamente para a Rússia", pedem as autoridades do Togo.
No passado mês de março, o Movimento Martin Luther King (MMLK), uma das organizações de defesa dos direitos humanos muito ativa no Togo, já tinha alertado as autoridades para o caso de um jovem estudante togolês capturado no campo de batalha e preso na Ucrânia.
Nos últimos meses, a imprensa noticiou que vários cidadãos africanos, muitas vezes estudantes ou antigos prisioneiros, nomeadamente da República Democrática do Congo (RDC), dos Camarões e do Benim, estão a combater com as forças russas na frente ucraniana.
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