"O aumento das tensões entre a Índia e o Paquistão é alarmante. Pedi contenção aos dois lados e a preferência pelo diálogo para acalmar a situação", escreveu nas redes sociais a Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas.
A chefe da diplomacia europeia disse que conversou hoje com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia e do Paquistão para "expressar esta mensagem" de apelo ao diálogo e à contenção na região da Caxemira.
A 22 de abril, vários homens armados mataram a tiro 26 pessoas na cidade turística de Pahalgam, na parte de Caxemira administrada pela Índia.
Antes mesmo de qualquer reivindicação, Nova Deli responsabilizou Islamabad pelo atentado, o mais mortífero em mais de 20 anos contra civis nesta região de maioria muçulmana.
O Paquistão negou imediatamente qualquer envolvimento e exigiu a realização de um "inquérito neutro".
As duas potências nucleares estão desde então em pé de guerra: os respetivos Governos multiplicaram as sanções diplomáticas recíprocas e os cidadãos foram convidados a abandonar até terça-feira o território do país vizinho.
Os dois adversários partilham mais de 2.900 quilómetros de fronteira terrestre.
Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão quando estes se tornaram Estados independentes, em 1947. Mas os dois adversários continuam desde então a reivindicar total soberania sobre a região.
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