Comunidade internacional pede contenção à Índia e Paquistão

A comunidade internacional pediu hoje à Índia e ao Paquistão para terem contenção militar após a escalada do confronto entre as duas potências nucleares, que já causou dezenas de mortos civis em ambos os países.

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© NARINDER NANU/AFP via Getty Images

Lusa
07/05/2025 11:35 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Índia e Paquistão

China, Rússia, França e Alemanha pediram contenção e mostraram preocupados com a escalada das tensões, destacando a necessidade de evitar situações de confronto e de proteger os civis.

 

Também a Turquia manifestou preocupação e alertou para o "risco de uma guerra total" entre a Índia e o Paquistão.

"O ataque da Índia na noite passada representa o risco de uma guerra total. Condenamos esta atitude provocadora e os ataques contra civis e infraestruturas civis", disse, em comunicado, o Mnistério dos Negócios Estrangeiros turco.

Da mesma forma, o Irão manifestou "profunda preocupação" com o confronto entre a Índia e o Paquistão, país com quem faz fronteira.

Antes, os Estados Unidos lamentaram a situação, tendo o Presidente, Donald Trump, considerado que o reinício dos confrontos "foi uma pena" e adiantado esperar que "pare muito rapidamente". O líder da diplomacia norte-americana, Marc Rubio, exortou ainda os líderes dos dois Estados a abrirem um canal de diálogo para evitar uma maior escalada do conflito.

"O mundo não se pode dar ao luxo de um confronto militar" entre a Índia e o Paquistão, afirmou, por seu lado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, referindo-se aos ataques das últimas horas, os mais graves das últimas duas décadas entre estes Estados.

Numa reação mais assertiva, o Reino Unido também pediu calma aos dois países, mas assumiu estar pronto para intervir caso seja necessário.

A Índia e o Paquistão têm "interesse na estabilidade regional", disse o secretário do Comércio britânico, Jonathan Reynolds, acrescentando que o Governo britânico fará "tudo o que puder em termos de diálogo para reduzir a tensão".

Os dois exércitos trocaram tiros de artilharia ao longo da fronteira disputada em Caxemira após ataques indianos em solo paquistanês em retaliação por um atentado, a 22 de abril, na Caxemira controlada pela Índia, que matou 26 pessoas.

A tensão entre a Índia e o Paquistão reacendeu-se a 22 de abril, quando homens armados atacaram a região turística de Pahalgam, na Caxemira indiana, matando 26 civis.

O ataque foi atribuído à organização Lashkar-e-Taiba e as relações deterioram-se ainda mais entre estes países vizinhos, rivais desde que se tornaram independentes do Reino Unido, em 1947.

Os dois governos ordenaram a saída dos seus territórios de cidadãos do Estado vizinho e, ao longo dos dias, foram-se registando incidentes nas fronteiras, com tiros disparados na chamada Linha de Controlo em Caxemira.

Na terça-feira à noite, Nova Deli lançou ataques contra três zonas do Paquistão, que, segundo o Governo indiano, constituíam "locais terroristas", na província de Punjab.

Poucas horas depois, o Governo paquistanês anunciou ter abatido vários aviões militares indianos e, hoje de manhã, uma sequência de bombardeamentos levados a cabo por Islamabade e Nova Deli provocou pelo menos 38 mortos, no maior confronto dos últimos 20 anos.

Leia Também: Escala do conflito aumenta entre Índia e Paquistão em Caxemira

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