O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou, esta segunda-feira, que foi alcançado um acordo com a China para uma pausa de 90 dias nas tarifas impostas entre os dois países.
O responsável deu ainda conta de as tarifas recíprocas descerão 115%, de acordo com a agência Reuters.
O mesmo meio adiantou que o Ministério do Comércio da China assegurou que as duas partes comprometeram-se a tomar medidas para reverter as tarifas impostas até 14 de maio, data em que a pausa se inicia.
Recorde-se que, no domingo, Bessent já tinha garantido que os Estados Unidos e a China tinham feito "progressos substanciais" nas suas primeiras negociações desde o início da guerra comercial, causada pelo aumento das tarifas decidido pelo presidente Donald Trump.
Já no sábado à noite, o chefe de Estado norte-americano elogiou a forma como as negociações estavam a decorrer, embora tenha indicado que seria preciso começar de novo, depois do desacordo provocado pela imposição de tarifas cada vez mais elevadas sobre centenas de milhares de milhões de dólares em produtos chineses importados pelos Estados Unidos.
A reunião em Genebra, que decorreu à porta fechada na residência do representante suíço nas Nações Unidas, foi o primeiro encontro presencial de altos responsáveis das duas maiores economias do mundo desde que Trump impôs, no mês passado, uma sobretaxa de 145% sobre os produtos da China, além das tarifas existentes.
Pequim, que prometeu lutar contra essas sobretaxas "até ao fim", retaliou com tarifas de 125% sobre os produtos norte-americanos. Como resultado, o comércio bilateral praticamente parou e os mercados passaram por violentas convulsões.
[Notícia atualizada às 08h35]
Leia Também: EUA garantem "progressos substanciais" nas negociações com a China