A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, acusou este domingo o presidente de França, Emmanuel Macron, de se colocar "na pele de um guerreiro" e de estar a "preparar-se para a guerra" na Ucrânia.
As críticas de Le Pen surgiram após os governos de França, Alemanha, Reino Unido e Polónia se comprometerem a aumentar o seu apoio à Ucrânia até que a Rússia aceite um "cessar-fogo completo e incondicional de 30 dias", a chamada "coligação dos dispostos".
"Pergunto-me qual é o objetivo desta coligação. Será que quer chegar a um acordo de paz ou vai acabar por encorajar a guerra?", questionou a líder da União Nacional, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, à margem de um evento da Liga italiana, de Matteo Salvini.
"Ainda não posso dizer se Emmanuel Macron quer realmente trabalhar para a paz. Tenho a sensação de que, desde há alguns meses, ele está a preparar-se para a guerra", acrescentou.
No sábado, Emmanuel Macron, os primeiros-ministros do Reino Unido e da Polónia, Keir Starmer e Donald Tusk, e o novo chanceler alemão, Friedrich Merz, estiveram reunidos em Kyiv, na Ucrânia, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Já este domingo, Zelensky afirmou que espera encontrar-se "pessoalmente" com o seu homólogo russo, na quinta-feira, em Istambul, na Turquia, após Putin ter proposto negociações "diretas e sem condições prévias" entre a Rússia e a Ucrânia.
Em declarações à imprensa no Kremlin, Putin afirmou que "a Rússia está pronta para negociações sem condições prévias". "Propomos que comecem na próxima quinta-feira, 15 de maio, em Istambul", acrescentou.
A ofensiva lançada pela Rússia, em fevereiro de 2022, causou dezenas de milhares de mortos e a Rússia ocupa atualmente 20% do território ucraniano.
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