Felipe VI discursava no encerramento da 18.ª cimeira Cotec Europa, no Convento de São Francisco, em Coimbra, em que também intervieram os presidentes de Itália, Sergio Mattarella, e de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.
Numa intervenção em que, além de castelhano, falou em português e italiano, o Rei de Espanha realçou a inscrição em latim na entrada da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra que incentiva o uso dos livros como armas para obter sabedoria.
O monarca espanhol afirmou que, "no contexto atual, e num fórum como o Cotec Europa estas palavras não só mantêm o seu poder simbólico, como adquirem um significado muito pertinente" e "interpelam diretamente" os cidadãos europeus perante os desafios que os enfrentam.
Segundo Felipe VI, "o conhecimento não é apenas a melhor garantia de progresso, mas também um fator decisivo para a defesa e a segurança", constituindo "um princípio-chave da nova ordem geoestratégica".
"Precisamos de conhecimento não só para desenvolver tecnologia, novas formas de nos organizarmos e outras formas de inovação, mas, acima de tudo, para proteger tudo o que alcançámos juntos nas últimas décadas: uma paz duradoura, uma economia aberta e diversificada, um espaço para a democracia e a liberdade, e uma aliança sólida para enfrentar os grandes desafios económicos, sociais e ambientais", defendeu.
"Tudo isso está em risco se não reagirmos a tempo, com sabedoria, vigor e audácia, sem nos afastarmos dos nossos valores e princípios", considerou Felipe VI, subscrevendo o lema deste encontro Cotec Europa, "Apelo à ação".
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