O galardão, designado Babacar Ndiaye Great Builder, reconhece os líderes africanos que investiram no desenvolvimento de infraestruturas.
João Lourenço sucede aos homólogos da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, e da República do Congo, Denis Sassou-Nguesso, vencedores em conjunto da anterior edição, em 2024.
A designação do Presidente angolano como vencedor do Prémio África Road Builders 2025 deveu-se à "construção de grandes infraestruturas de transportes em Angola", nomeadamente o Corredor do Lobito, uma ligação ferroviária regional estratégica entre a Zâmbia, Angola e a República Democrática do Congo.
"O Fundo Africano de Desenvolvimento, a janela de empréstimos concessionais do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento, concedeu uma subvenção de 8,14 milhões de dólares (7,28 milhões de euros) para este projeto integrador, que facilitará o comércio entre os três países", detalha o comunicado.
A construção do novo aeroporto internacional Dr. Agostinho Neto, em Luanda, inaugurado em novembro de 2023, a colocação de calçada em 2 mil quilómetros de estradas, a reabilitação de mais de 2 mil quilómetros adicionais e o projeto de construção de um metro ligeiro em Luanda "foram os trunfos que militaram a favor desta escolha", justifica o comité de seleção do Africa Road Builders.
O prémio foi criado em honra de Babacar Ndiaye (1936-2017), Presidente do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento de 1985 a 1995.
Desde o seu lançamento em 2016, o galardão foi atribuído aos seguintes chefes de Estado: rei Mohamed VI (Marrocos), Edgar Lungu (Zâmbia), Alassane Ouattara (Costa do Marfim), Ali Bongo Ondimba (Gabão), Macky Sall (Senegal) e Paul Kagamé (Ruanda), vencedores conjuntos em 2017, Uhuru Kenyatta (Quénia), Adama Barrow (Gâmbia), Abdel Fattah al-Sissi (Egito), Muhammadu Buhari (Nigéria), Samia Suluhu Hassan (Tanzânia), Andry Rajoelina (Madagáscar), Teodoro Obiang Nguema Mbasogo (Guiné Equatorial) e Denis Sassou-Nguesso (Congo), vencedores conjuntos em 2024.
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