Entre as vítimas mortais estão quatro mulheres líbias e vários cidadãos egípcios e nigerianos, além de dez corpos carbonizados que foram encontrados e cuja identidade ainda não foi determinada, segundo dados compilados pela organização não-governamental (ONG).
Trípoli viveu na semana passada o pior surto de violência entre milícias armadas dos últimos anos, que abalou o poder do Governo de Unidade Nacional (GNU) do primeiro-ministro Abdelhamid Dbeiba na região ocidental do país dividido.
A intensificação dos protestos na capital na sexta-feira e a demissão de vários ministros do executivo de Trípoli aumentou a pressão sobre Abdelhamid Dbeiba para que abandone o poder.
A violência irrompeu em Trípoli na segunda-feira à noite entre as forças leais ao GNU e os poderosos grupos armados que o Governo está a tentar desmantelar.
Os violentos confrontos dos últimos dias causaram a morte de "pelo menos" oito civis, segundo a Missão da ONU na Líbia (Manul), e paralisaram praticamente o tráfego aéreo.
Apesar de uma relativa calma ter regressado a Trípoli na sexta-feira, a situação continua a ser altamente volátil.
A Turquia, que apoia o Governo reconhecido pela ONU em Trípoli, apelou a uma trégua na quarta-feira e disse que estava a "acompanhar de perto" a situação.
Assolada por divisões desde a queda e morte do ditador Muammar Kadhafi, em 2011, a Líbia é governada por dois executivos paralelos: o de Abdulhamid Dbeibah, a oeste, reconhecido pela ONU, e outro, a leste, afiliado ao marechal Khalifa Haftar.
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