Governo de Trump divulga áudio de interrogatórios a ex-Presidente Biden

O Governo de Donald Trump divulgou à imprensa o áudio dos interrogatórios realizados em 2023 ao então Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o que na época provocou um debate sobre o estado cognitivo do político democrata.

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Lusa
17/05/2025 15:44 ‧ há 4 horas por Lusa

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EUA

A gravação, publicada pelo site Axios, dura mais de cinco horas e mostra momentos em que Biden, que tinha 80 anos na altura, tem dificuldade em lembrar-se de datas-chave, como a morte do filho Beau ou o ano em que deixou de ser vice-presidente.

 

O procurador especial Robert Hur interrogou Biden em 08 e 09 de outubro de 2023, no âmbito de uma investigação sobre a descoberta de documentos confidenciais na sua residência privada, durante o período em que foi vice-presidente de Barack Obama (2009-2017).

No final de 2022, uma série de documentos confidenciais, cujo número exato e conteúdo permanecem desconhecidos, foram encontrados na casa de Joe Biden, no Delaware, no leste dos Estados Unidos, e no antigo escritório, em Washington.

Os documentos remontam ao período em que Biden foi vice-Presidente e às três décadas que o democrata passou no Senado, a câmara alta do parlamento norte-americano, durante as quais esteve fortemente envolvido na política externa do país.

A descoberta dos documentos causou embaraço à Casa Branca, uma vez que surgiu pouco depois do caso dos mais de 100 documentos confidenciais encontrados pelo FBI na mansão do ex-Presidente Donald Trump (2017-2021), em Mar-a-Lago (Florida).

A lei nos Estados Unidos exige aos Presidentes e vice-Presidentes a devolução de todos os documentos oficiais, comunicações e outras notas para o Arquivo Nacional norte-americano.

O procurador Robert Hur publicou um relatório em 2024, no qual afirmava que não existiam provas suficientes para acusar Biden, mas também referia que a sua memória era "significativamente limitada" e especulava que seria difícil convencer um júri a condená-lo devido à sua imagem de "velho bem-intencionado com má memória".

Esse relatório, criticado na altura pela Casa Branca, foi um golpe para as aspirações de Biden, que procurava a reeleição para um segundo mandato, enquanto cresciam as críticas sobre a sua idade avançada e as dúvidas sobre o seu estado cognitivo.

Biden acabou por abandonar a corrida após o seu mau desempenho num debate com Trump e passou o testemunho à sua vice-presidente, Kamala Harris, que foi derrotada nas urnas pelo republicano.

A fuga do áudio, que a anterior administração se recusou a divulgar, coincide com uma altura em que o estado mental de Biden volta a estar no centro do debate, devido à publicação de um livro que aponta que a sua equipa encobriu o seu aparente declínio.

"Conheço pessoas com 89, 90, 92 e 93 anos que são perfeitas. Mas Joe não é uma delas e eles esconderam-no", disse Trump, de 78 anos, aos jornalistas.

Ao contrário de Biden, Trump foi acusado, entre outros casos, de ocultar deliberadamente documentos confidenciais do seu primeiro mandato na Casa Branca (2017-2021), mas a acusação foi retirada após sua vitória eleitoral.

Leia Também: Trump ataca Zelensky: "E o dinheiro? Odiei ver como foi desperdiçado"

 

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