Roménia. Candidato derrotado acusa Constitucional de golpe

O candidato derrotado nas presidenciais da Roménia, o nacionalista George Simion, acusou hoje o Tribunal Constitucional de "continuar o golpe de Estado", após a rejeição do pedido de anulação da segunda volta das eleições, realizada no domingo.

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© Andrei Pungovschi/Getty Images

Lusa
22/05/2025 13:01 ‧ há 4 horas por Lusa

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Eleições

 "O Tribunal Constitucional deu continuidade ao golpe de Estado! Só nos resta lutar! Convido-vos a apoiarem-me, hoje e nas próximas semanas!", escreveu nas redes sociais George Simion, derrotado na segunda volta das eleições presidenciais pelo europeísta Nicusor Dan (53,6% contra 46,4%).

 

O Tribunal Constitucional da Roménia rejeitou por unanimidade o pedido de anulação da eleição, apresentado na terça-feira por George Simion, no qual alegava que a votação foi afetada pela ingerência estrangeira e manipulação coordenada.

Na sua página na rede social Facebook, o político mencionou --- sem fornecer provas --- a interferência da França e da vizinha Moldova nas eleições e anunciou que estava a contestar a segunda volta das presidenciais pelos mesmos motivos, segundo ele, que levaram à anulação das eleições do ano passado, quando o Constitucional invocou ingerências russas para favorecer o candidato pró-russo Calin Georgescu.

De acordo com Simion, a compra de votos e um orçamento de 100 milhões de euros alocado à Moldova, onde muitos cidadãos têm dupla nacionalidade, foram usados para favorecer o pró-europeu Dan.

Em comunicado, o partido de extrema-direita liderado por Simion, Aliança para a União dos Romenos (AUR, segunda força política no parlamento), denunciou "sinais sérios de irregularidades", como a inclusão de pessoas mortas nas listas de eleitores, e acusou as autoridades de falta de transparência.

"O AUR solicitou acesso ao sistema informático para verificar a correção da votação, mas o Gabinete Eleitoral Central (BEC) e a Autoridade Eleitoral Permanente (AEP) estão a bloquear qualquer forma de transparência", afirmou o partido, em comunicado.

"Sem acesso e verificação, não podemos falar de eleições justas", acrescentou o partido.

Dan soube da decisão do Tribunal Constitucional, hoje de manhã, durante uma conferência de imprensa, na qual descreveu o recurso como "artificial".

"Acho que ficou claro para todos desde o início que se tratava de um acordo completamente artificial. Não vi o pedido por escrito, mas dizer que centenas de milhões de euros foram entregues à Moldova é completamente irrelevante", disse Dan, segundo a imprensa romena.

As presidenciais romenas, que foram uma repetição do processo iniciado em novembro, mas interrompido pela justiça, foram vistas como decisivas para o futuro deste país de 19 milhões de pessoas, membro da União Europeia e da NATO, já que o Presidente romeno tem o poder de nomear autoridades para cargos importantes e de participar nas cimeiras destas organizações.

Leia Também: Bruxelas 'castiga' Portugal por falhas em reconhecer enfermeiros romenos

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