Acusações de Israel sobre "incitamento ao ódio" são "ultrajantes"

A França rejeitou hoje as acusações do chefe da diplomacia israelita de que os países europeus estariam a "incitar ao ódio" na sequência do assassinato de dois funcionários da embaixada israelita em Washington.

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© Umit Donmez/Anadolu via Getty Images

Lusa
22/05/2025 16:31 ‧ há 4 horas por Lusa

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França

"A França condenou, a França condena e a França continuará a condenar qualquer ato antissemita, sempre e sem ambiguidades", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Christophe Lemoine, considerando as afirmações "totalmente ultrajantes e totalmente injustificadas".

 

O chefe da diplomacia israelita, Gideon Saar, acusou anteriormente os países europeus de "incitarem ao ódio" após o trágico acontecimento na capital americana.

"Existe uma ligação direta entre o incitamento ao ódio antissemita e anti-israelita e este assassinato. Este incitamento provém também de dirigentes e funcionários de muitos países e organizações internacionais, nomeadamente da Europa", defendeu Saar durante uma conferência de imprensa em Jerusalém.

Em viagem a Nice, no sudeste de França, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, reiterou que a França condenou "nos termos mais fortes possíveis esta abominação, este horrível ataque contra diplomatas israelitas".

Jean-Noël Barrot afirmou que enviou uma mensagem ao seu homólogo israelita na manhã de quinta-feira "para lhe dizer o quanto estava triste com o que tinha acontecido, o quanto estava a pensar nas famílias destes diplomatas e também em todos os seus colegas do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita".

"Esta violência indiscriminada não tem obviamente lugar" e é "absolutamente condenável", acrescentou o ministro francês, sublinhando a mobilização do Governo francês "para garantir a segurança dos membros da comunidade judaica" em França.

"Deploramos a explosão de atos antissemitas a que temos assistido no território nacional nos últimos anos, mas estamos a lutar contra esta explosão com a maior firmeza", acrescentou.

O ataque já foi condenado pela França, Alemanha, Reino Unido e também pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel.

Na quarta-feira à noite, dois funcionários da embaixada israelita nos Estados Unidos foram mortos a tiro no exterior do Museu Judaico de Washington por um extremista que gritou pela "libertação da Palestina" quando foi detido pela polícia.

Na sequência do ataque, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou o reforço das medidas de segurança nas missões diplomáticas israelitas no mundo.

Este ataque aconteceu poucas horas depois do exército israelita fazer "disparos de advertência" sobre um grupo internacional de mais de 20 diplomatas -- entre os quais um português -- por se ter, alegadamente, "desviado da rota aprovada" na visita ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia.

Leia Também: ONU alerta para "enormes desafios" na entrega da ajuda em Gaza

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