Muitos dos que se juntaram às marchas viajaram de toda a Polónia, um país com quase 38 milhões de pessoas, não só para apoiar um candidato, mas para se unirem em torno de visões bastante divergentes sobre o futuro da nação.
À frente de uma marcha estava Rafal Trzaskowski, de 53 anos, presidente da Câmara de Varsóvia, pró-União Europeia, que apoia os direitos ao aborto e a inclusão LGBTQ+. É um aliado político próximo do primeiro-ministro, Donald Tusk, que lidera um Governo de coligação centrista desde o final de 2023.
Durante um discurso perante uma grande multidão, Trzaskowski expôs a sua visão para uma Polónia inclusiva e prometeu trabalhar para ajudar a desenvolver a indústria polaca, à medida que a nação continua a sua transformação numa potência económica e militar regional.
Noutra parte de Varsóvia, Karol Nawrocki, de 42 anos, discursou para os seus apoiantes. Historiador conservador e ex-pugilista, Nawrocki é apoiado pelo partido conservador nacional Lei e Justiça, que governou a Polónia de 2015 a 2023.
O candidato dirige o Instituto de Memória Nacional, gerido pelo Estado, que, sob o partido Lei e Justiça, ficou conhecido por promover versões nacionalistas da história polaca.
Os seus apoiantes descrevem-no como a personificação dos valores tradicionais e patrióticos - um homem que, tal como o Presidente norte-americano, Donald Trump, promete restaurar aquilo a que chamam "normalidade". Muitas vozes opuseram-se ao aborto e aos direitos LGBTQ+, afirmando que Nawrocki reflete os valores com os quais cresceram.
"Sou um polaco que compreende as dificuldades da vida quotidiana", disse Nawrocki à multidão.
"Estou diante de vós e estou plenamente convencido de que sou a vossa voz", acrescentou.
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