Homem acusado em Hong Kong de alegada ameaça de bomba contra concerto

A polícia de Hong Kong anunciou hoje ter acusado um homem de 35 anos de quatro crimes de "ameaça de bomba", contra um concerto e contra a representação do Governo Central chinês na região semiautónoma.

polícia hong kong

© PETER PARKS/AFP via Getty Images

Lusa
04/06/2025 09:51 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Hong Kong

Num comunicado, o Departamento de Segurança Nacional da polícia de Hong Kong disse que o suspeito de 35 anos será apresentado ainda esta tarde no Tribunal de Magistrados de Kwun Tong.

 

Na terça-feira, a polícia tinha anunciado a detenção do homem e de quatro mulheres, entre os 24 e os 38 anos, por "conspiração para cometer atividades terroristas".

De acordo com uma investigação, os cinco suspeitos terão enviado várias mensagens à polícia, através de telefone, correio eletrónico e plataformas de mensagens, entre 29 de abril e 13 de maio.

As mensagens incluíam ameaças de fazer explodir bombas colocadas em vários escritórios do Governo Central chinês em Hong Kong e no Parque Desportivo Kai Tak, referiu a polícia.

A última chamada incluía uma ameaça de bomba contra um concerto marcado para 13 de maio, disse, numa conferência de imprensa, o superintendente do Departamento de Segurança Nacional, Steve Li Kwai-wah.

O Parque Desportivo Kai Tak, inaugurado em março, integra um estádio com lugar para 50 mil espectadores, que recebeu, em 13 de maio, um concerto dos Mayday, uma banda de Taiwan.

De acordo com a imprensa local, Steve Li disse que a polícia realizou buscas ao estádio nesse mesmo dia, mas que não encontrou nada de suspeito e que o concerto decorreu com normalidade.

O comunicado disse que os suspeitos terão ainda enviado "mensagens sediciosas que incitavam à independência de Taiwan e de Hong Kong".

Taiwan é governada autonomamente desde 1949 sob o nome de República da China e possui forças armadas e um sistema político diferente do da República Popular da China, sendo uma das democracias mais avançadas da Ásia.

No entanto, Pequim considera Taiwan uma "parte inalienável" do seu território e, nos últimos anos, intensificou a sua campanha de pressão contra a ilha, a fim de conseguir a "reunificação nacional".

Steve Li disse que os cinco suspeitos foram detidos na segunda-feira, na sequência de buscas efetuadas em quatro residências, durante as quais foram apreendidos telemóveis e computadores.

As quatro mulheres foram libertadas sob fiança, "enquanto se aguardam novas investigações", referiu o comunicado.

A detenção foi anunciada um dia antes do 36.º aniversário do massacre de Tiananmen.

Durante três décadas, Hong Kong e Macau foram os únicos locais em solo chinês onde o movimento de repressão foi lembrado de forma pacífica, com vigílias anuais que, no caso de Hong Kong, reuniam dezenas de milhares de cidadãos.

A organização Hong Kong Democratic Council ('Conselho Democrático de Hong Kong') disse na rede social X que "não é invulgar" para a polícia fazer detenções "antes de datas sensíveis" para "intimidar outras pessoas".

Leia Também: Democrata histórico relembra vítimas de Tiananmen fora de Macau

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