Uma ativista pró-Palestina foi expulsa, esta quarta-feira, do Bundestag, a câmara baixa do parlamento alemão, após interromper uma intervenção do ministro dos Negócios Estrangeiros, Johann Wadephul.
Segundo a imprensa alemã, a mulher gritou "libertem a Palestina, não ao genocídio", enquanto os deputados discutiam a exportação de armas alemãs para Israel.
Após a interrupção, a presidente da assembleia, Julia Klöckner, afirmou que a ativista teria de "sair da tribuna de visitantes, porque não está autorizada a gritar e está a perturbar o debate".
Antes, a deputada Cansin Köktürk, do partido de esquerda Die Linke, foi também convidada a abandonar a sala por usar uma t-shirt com a inscrição "Palestina".
Na sua intervenção, Johan Wadephul, ministro dos Negócios Estrangeiros, esteve a responder aos deputados e garantiu que a Alemanha continuaria a apoiar Israel, "inclusive com fornecimentos de armas".
Sublinhe-se que Berlim tem invocado responsabilidades históricas da Alemanha em relação a Israel por causa do Holocausto. "Apoiamos claramente Israel, mas não podemos ignorar o destino dos habitantes da Faixa de Gaza", disse o ministro, na semana passada.
A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 53 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
A ofensiva israelita também destruiu grande parte das infraestruturas do território governado pelo Hamas desde 2007.
Pode ver, na galeria acima, o momento em que a deputada abandona a sala e a ativista é expulsa.
Leia Também: Israelitas marcham por três dias até Gaza para protestar contra a guerra