"Boa relação" com Musk pode estar no fim (diz Trump). Mas porquê? Perceba

Uma semana depois de seguirem caminhos separados, com Elon Musk a sair do governo e a prometer ser "amigo e conselheiro" de Trump, o presidente dos EUA admite que a boa relação entre os dois poderá estar para acabar.

elon musk, donald trump

© Kevin Dietsch/Getty Images

Notícias ao Minuto
05/06/2025 17:53 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Mundo

Donald Trump

Uma semana depois de anunciar a sua saída do governo dos Estados Unidos, o bilionário Elon Musk continua a dar que falar, até porque aquilo que parecia uma relação a manter, pode estar a azedar. Esta quinta-feira, Donald Trump disse que estava "surpreendido" com Musk, com quem sempre tinha "tudo uma boa relação". "Não sei se vai continuar", afirmou.

 

Posteriormente, Musk recorreu às redes sociais para acusar a administração de ingratidão. "Sem mim, Trump tinha perdido as eleições, os Democratas estariam a controlar a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos e seriam 51-49 no Senado", escreveu na rede social X (antigo Twitter).

A 'troca de farpas' continuou, mas, desta vez, na Truth Social, com Trump a retorquir, dizendo que Elon estava a ficar "desgastado" e que lhe pediu para ele sair. "Está louco", rematou.

Após saída, Musk diz:

Após saída, Musk diz: "Sem mim, Trump perdido as eleições. Ingratidão"

A amizade entre Donald Trump e Elon Musk parece estar cada vez mais perto do fim, com o presidente dos EUA a ter dúvidas de que a "boa" relação com o magnata se vai manter, e com este último a dizer o clima é de "ingratidão".

Notícias ao Minuto | 19:30 - 05/06/2025

Na hora da saída, Musk agradeceu a Trump "pela oportunidade de reduzir os gastos supérfluos" e disse que continuar a estar presente na Casa Branca, apontando que ia continuar a ser "amigo e conselheiro" do presidente, mas já sem o cargo.

No 'adeus' Trump elogiou também o trabalho de Musk, dizendo que este tinha trabalhado "incansavelmente", assim como era um dos maiores líderes empresariais. O presidente do EUA 'deixou' a porta aberta, dado que disse acreditar que o magnata não iria 'realmente' embora: "Tenho a sensação de que [o DOGE] é o bebé dele e acho que fará muitas coisas."

"Abominação repugnante"

Esta semana, Musk atacou a Casa Branca e, recorrendo às redes sociais, classificou o projeto de orçamento dos Estados Unidos apoiado por Donald Trump como uma "abominação repugnante".

"Desculpem, mas não aguento mais", escreveu numa publicação na rede social X (antigo Twitter), o homem mais rico do mundo.

O projeto de lei orçamental é "escandaloso e clientelista", além de "uma abominação repugnante", prosseguiu o bilionário que financiou a última campanha de Trump.

"Que vergonha para os que votaram a favor: sabem que fizeram mal. Sabem-no bem", remata.

Como respondeu a Casa Branca?

Apesar da ruptura, a Casa Branca minimizou as declarações de Musk. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que “o presidente já sabia o que Elon Musk pensava” e reforçou que “o projeto é excelente”.

Segundo esta, as críticas não alteram em nada a posição de Trump.

O que levou a que a relação se tornasse numa 'trumpalhada'?

Mas antes destas críticas sobre este projeto de lei, houve outras situações que podem ter contribuído para o desgaste desta relação.

A imprensa internacional aponta várias causas que podem ter ajudado a azedar a relação no governo. Uma das razões pode estar relacionada com Trump ter retirado a nomeação do bilionário Jared Isaacman, amigo de Elon Musk, para liderar a NASA - posição que foi tomada dias antes da votação no Senado que analisaria a nomeação.

"É essencial que o próximo líder da NASA esteja totalmente alinhado com a agenda 'América Primeiro' do presidente Trump, e um substituto será anunciado diretamente pelo presidente Trump em breve", justificou a Casa Branca.

Também a imposição de tarifas na Europa e à China não agradaria a Musk, dada a exportação dos carros Tesla para continente europeu e para o país asiático, liderado por Xi Jinping, com quem Musk tem uma boa relação.

Já dentro do Governo, Musk não se daria bem com alguns governantes, com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, com quem terá tido discussões em relação, por exemplo, ao Médio Oriente.

Leia Também: Trump procura convencer Republicanos investidores e Musk sobre cortes

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