Protestos contra rusgas de imigração continuam em todos os EUA

Os protestos contra as rusgas federais de controlo da imigração estão a aumentar nos Estados Unidos e as autoridades de várias cidades preparam-se para grandes manifestações contra o Presidente Donald Trump durante o fim de semana.

Protestos, Los Angeles, Estados Unidos,

© Reuters

Lusa
12/06/2025 21:42 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Estados Unidos

Embora muitas manifestações contra o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla inglesa) tenham sido pacíficas, outras levaram a confrontos com a polícia que, por vezes, utilizou agentes químicos para dispersar multidões, culminando em centenas de pessoas detidas.

 

Os protestos levaram as autoridades a impor o recolher obrigatório em Los Angeles e Spokane.

No Texas, o governador republicano Greg Abbott mobilizou mais de 5.000 soldados da Guarda Nacional para estarem prontos a ajudar as forças de segurança a gerir as manifestações naquele Estado.

Os ativistas estão a planear protestos sob o mote "No Kings" por todo o país, no sábado, para coincidir com o desfile militar organizado por Trump em Washington, que já estavam programados, mas vão acontecer no meio de tensões.

A administração Trump afirmou que as rusgas de imigração e as deportações vão continuar, independentemente dos protestos.

Centenas de manifestantes marcharam pela baixa de Seattle na quarta-feira à noite em direção a um edifício federal onde são julgados casos de imigração e que foi coberto com grafítis, tendo sido escrito "Abolish ICE Now" em letras grandes na janela da frente.

Dezenas de polícias enfrentaram manifestantes perto do edifício, que atiraram fogo de artifício e pedras aos agentes, segundo o Departamento de Polícia de Seattle.

Em Spokane, Washington, a presidente da Câmara, Lisa Brown, impôs um recolher obrigatório noturno no centro da cidade após um protesto na tarde de quarta-feira, em frente a um gabinete do ICE, ter terminado com mais de 30 detenções e com a polícia a utilizar gás pimenta contra a multidão.

Lisa Brown afirmou que o recolher obrigatório "protegeria a segurança pública" e que a maioria dos manifestantes era pacífica.

No sul dos EUA, várias centenas de pessoas marcharam pelo centro de San Antonio, numa manifestação maioritariamente pacífica, sem confrontos significativos com as forças de segurança.

Estão previstas várias manifestações "No Kings" no Texas, nomeadamente em San Antonio, Houston, Dallas e Austin.

O governador republicano Greg Abbott não deu pormenores sobre o local para onde vai enviar os 5.000 soldados da guarda e outros 2.000 da polícia estatal, nem sobre o que fariam exatamente, exceto para dizer que estariam prontos a ajudar as forças policiais locais, se necessário.

Por sua vez, os presidentes das câmaras de San Antonio e Austin disseram que não pediram ajuda à Guarda Nacional.

As decisões de Abbott contrastam fortemente com as do governador da Califórnia, Gavin Newsom, que discutiu publicamente com Trump sobre a decisão do presidente de enviar tropas da Guarda Nacional e fuzileiros navais para Los Angeles.

Todos os outros 22 governadores democratas assinaram uma declaração em que apoiam Newsom, chamando o destacamento da Guarda Nacional e as ameaças de enviar fuzileiros navais de "um abuso alarmante de poder".

Leia Também: Trump declara Los Angeles "segura e calma" graças ao envio de militares

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