Macron adia conferência sobre Estado palestiniano "por razões logísticas"

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje o adiamento da conferência da ONU sobre o Estado palestiniano, prevista para a próxima semana em Nova Iorque, "por razões logísticas e de segurança".

emmanuel macron

© MICHEL EULER/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
13/06/2025 19:39 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Este adiamento não pode pôr em causa a nossa determinação em avançar para a implementação da solução dos dois Estados. Quaisquer que sejam as circunstâncias, mantenho a minha determinação em reconhecer o Estado da Palestina", declarou Macron numa conferência de imprensa no Palácio do Eliseu após os ataques massivos de Israel na madrugada de hoje contra instalações militares e nucleares iranianas.

 

Para o chefe de Estado francês, a criação de um "Estado palestiniano desmilitarizado" constitui "um pré-requisito indispensável para a integração regional de Israel".

Na mesma ocasião, Emmanuel Macron criticou fortemente o Irão, afirmando que o país "continuou a enriquecer [urânio] e está próximo de um ponto crítico" que permite "produzir armas nucleares".

O Presidente francês criticou particularmente Teerão por ter acumulado "quase 40 vezes mais urânio do que o autorizado", ignorando "todas as suas obrigações perante a comunidade internacional, rompendo as suas próprias promessas", acusou Macron, citando ainda a Agência Internacional de Energia Atómica, que, segundo disse, "já não consegue garantir que se trata de um programa pacífico".

O responsável afirmou ainda que, em caso de represálias do Irão, a França poderá participar "nas operações de proteção e defesa" de Israel, "se estiver em condições de o fazer".

"Assinalei a nossa disponibilidade nesse sentido", afirmou, frisando, no entanto, que não está em causa qualquer envolvimento francês em ações ofensivas. "Não é esse o nosso papel", concluiu.

Israel iniciou na madrugada de hoje uma ofensiva militar contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares que mataram vários altos oficiais iranianos, bem como cientistas e outros civis.

Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).

O Governo israelita afirmou que a operação militar vai continuar, enquanto as autoridades iranianas prometeram uma resposta sem limites aos ataques.

Leia Também: Euro quebra ciclo de subidas e desce com tensões no Médio Oriente

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