"A recente agressão sionista contra a República Islâmica do Irão representa uma ameaça direta à segurança e à estabilidade no Iraque e da região", lê-se num comunicado de Mohamed Shia al-Sudani, publicado pela agência de notícias oficial iraquiana INA.
Para o primeiro-ministro do Iraque, o ataque lançado por Israel na manhã de sexta-feira contra vários alvos no Irão "visa obstruir todos os esforços diplomáticos realizados em flagrante violação das normas e regras do direito internacional".
A declaração foi emitida depois de Al-Sudani ter recebido o embaixador da UE, Thomas Seiler, com quem discutiu as relações entre países e os acontecimentos na região.
Mohamed Shia al-Sudani considerou que "as grandes potências, em particular a UE, têm a responsabilidade de cessar as hostilidades" e reiterou a rejeição de qualquer violação do espaço aéreo do Iraque.
O governante pediu novamente "máxima contenção" para neutralizar a escalada entre Israel e o Irão por "meios pacíficos", e referiu que "a fonte de tensão é a guerra de genocídio em curso enfrentada pelo povo palestiniano".
Nesse sentido, o primeiro vice-presidente do Parlamento iraquiano, Mohsen al-Mandawi, convocou uma sessão parlamentar extraordinária urgente para discutir as repercussões da escalada regional.
"A soberania do Iraque está acima de tudo. Não permaneceremos em silêncio diante da violação do nosso espaço aéreo e da intrusão no nosso território", afirmou Al-Mandawi.
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