"Esta candidatura é uma candidatura da liberdade contra o medo, é uma candidatura do otimismo, da esperança, da ambição. É isso que eu quero representar, é um Portugal que não se conforma, é um Portugal que se reveja nestes princípios da defesa da liberdade, da liberdade individual e de poder transmitir esta vontade de sermos mais aos portugueses", afirmou a líder parlamentar da IL.
A candidata diz que não é "contra ninguém", mas opõe-se à "ideia que se criou de que o país está estagnado e não pode sair daqui, de que o país tem de viver com medo de ter ambição".
"Não, nós temos de ser ambiciosos, nós temos de querer mais e é isso que eu quero representar", indicou, acrescentando que o seu objetivo passa por "mostrar aos portugueses" que é possível "ambicionar e ser mais", mas para isso é preciso "ir à luta" e não se conformar e ficar "sentado no sofá".
O presidente reeleito da IL anunciou hoje, no discurso de encerramento da IX Convenção Nacional, que Mariana Leitão vai apresentar-se às eleições presidenciais de 2026, apoiada pelo partido. Rui Rocha disse que a "defesa da liberdade", do rigor e a credibilidade são "aspetos essenciais" para o perfil que a IL considera que um candidato presidencial deve ter.
Em declarações aos jornalistas no final do discurso, logo depois de descer do palco, a vice-presidente eleita hoje considerou que nenhum dos nomes que vêm sendo falados como candidatos a Belém "representa de facto o espaço liberal" e que a sua candidatura quer ocupar esse espaço.
Mariana Leitão disse também que a candidatura é para levar até ao fim e que não é pessoa "de desistir".
"Eu sempre defendi dentro do partido e fora dele, nas várias intervenções que tive sobre esse tema, que o partido precisava de um candidato próprio. [...] E eu tendo desta vontade e esta necessidade de ocupar o espaço das ideias liberais, decidi avançar", referiu a candidata à Presidência da República, não querendo esclarecer diretamente se o desafio partiu de Rui Rocha.
Mariana Leitão considerou "normal que haja uma segunda volta" nas eleições que acontecerão em janeiro do próximo ano, mas não disse com quem preferiria disputá-la, ressalvando que é preciso esperar que sejam conhecidos todos os candidatos a Presidente da República.
Questionada se a existência de vários pré-candidatos do espaço político à direita pode levar a uma dispersão de votos que beneficie um candidato mais à esquerda, a candidata presidencial recusou.
"Não creio. A minha candidatura é uma candidatura pessoal, minha, com este espírito, com esta alegria, com esta motivação, muito diferente de todas as outras", indicou.
Sobre o lugar de líder parlamentar, Mariana Leitão disse que, para já, vai manter-se à frente da bancada, mas notou que haverá "muito tempo para falar sobre esses detalhes".
Mariana Leitão, 42 anos, gestora, é líder parlamentar da IL, eleita deputada pela primeira vez em 2024, enquanto "número dois" pelo círculo eleitoral de Lisboa.
Foi chefe de gabinete do Grupo Parlamentar entre 2022 e 2024 e, entre 2020 e 2022, presidente do Conselho Nacional. É licenciada em Relações Internacionais e aderiu à IL em 2019, já tendo sido igualmente deputada municipal em Oeiras.
[Notícia atualizada às 14h46]
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