O homem, de 62 anos, que atropelou mortalmente um menino português de 8 anos, no dia 12 de agosto de 2023, em Carrigaline, na Irlanda, foi condenado, na passada segunda-feira, a dois anos de prisão por direção perigosa e ficou proibido de conduzir durante seis anos.
De acordo com os meios de comunicação social locais, André Castro Ladeiro foi atropelado numa passadeira, com semáforo verde para os peões, quando seguia de bicicleta com os pais e o irmão mais novo, na Cork Road.
Os ferimentos foram tão graves que o menino, que se mudou com a família para a Irlanda quando tinha quatro anos de idade, acabou por morrer, cinco dias depois.
Segundo o Breaking News da Irlanda, ficou provado que o condutor, que é pai de quatro filhos, não tinha álcool nem drogas no organismo e conduzia entre 35 km/h e 37 km/h, numa zona de 50 k/h. Porém, não parou no semáforo vermelho.
Em tribunal, o homem exprimiu o seu arrependimento e garantiu ter remorsos devido ao acidente.
Já os pais de André, César Ladeiro e Filipa Castro, falaram da devastação causada pela perda do filho e do trauma de presenciarem o acidente.
"Tem sido um desafio, todos os dias. Vivemos entre a raiva, a tristeza, o desespero, medo, dias sombrios, descrença. Todas essas palavras fazem parte da nossa vida desde que ele matou o nosso filho. Temos ataques de pânico, pesadelos, privação de sono, ansiedade, stress. Não fazem ideia o que é ver as pessoas por aí a conduzirem sem cuidado", afirmaram, acrescentando que "o som do impacto do carro a atingir" o filho e a imagem dele "caído na estrada" estão "constantemente presentes".
O casal realçou ainda que o filho fez tudo certo. "Atravessava a rua numa passadeira que liga a ciclovia a um trilho para escolas. Essa faixa tem semáforos e o André esperou pelo verde antes de atravessar", lembraram.
Após a leitura da sentença, os portugueses disseram aos jornalistas locais que a Justiça da Irlanda foi branda com o condutor que lhes levou o filho. "É essa a Justiça do século XXI na Irlanda? Acham que esta pena é proporcional à vida de uma criança que tinha tanto para viver?", atiraram a saída do tribunal.
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