O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, comentou as mudanças no Executivo e desvalorizou, esta quinta-feira, a notícia de que um dos novos secretários de Estado, Silvério Regalado, já tinha feito ajustes diretos com Luís Montenegro, quando o primeiro era autarca e o segundo sócio de uma sociedade de advogados, entre 2015 e 2021.
"Os ajustamentos nas composições dos Governos são normais, embora este seja poupadíssimo comparado com o anterior", começou por referir quando questionado sobre o assunto no briefing do Conselho de Ministros desta quinta-feira. O governante sublinhou que estes são ajustamentos que, "por padrões históricos", são poucos e considerou que eram feitos "com discrição" e no "momento adequado".
Confrontando com o caso de Silvério Regalado - que substitui Hernâni Dias na Administração Local e Ordenamento do Território, que saiu após ser conhecido que estava envolvido em dois casos suspeitos, um dos quais relacionado com a nova Lei dos Solos -, Leitão Amaro começou por sublinhar que todos os novos governantes são pessoas de "grande talento".
"Relativamente a todas as escolhas - todas - [quero] dizer que elas foram feitas unicamente considerando e respeitando em absoluto e de forma escrupulosa as capacidade pessoais, profissionais e políticas de cada uma das personalidades. Esse foi o único critério que justificou a seleção dos seis novos secretários de Estado que iniciarão funções daqui a pouco", afirmou.
Leitão Amaro reforçou que o Executivo demonstrava ainda nos dias de hoje que continua com uma capacidade "reformista" e "transformadora", dizendo também que há uma satisfação geral com o espírito de coesão.
Já sobre o 'famoso' questionário que é necessário fazer antes da entrada nos cargos públicos, Leitão Amaro foi também assertivo quando perguntado sobre se estes seis novos governantes tinham feito face ao mesmo: "Todos os membros do Governo cumprem todas as funções [...]. Todas as regras são aplicadas", atirou.
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