O Secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, foi acusado, esta terça-feira de ser um dos membros do Governo que tem relação com empresas imobiliárias. O governante desmente hoje em comunicado.
“O Secretário de Estado da Economia desmente que mantenha ligações ao setor imobiliário, tal como foi veiculado pelo Bloco de Esquerda, em conferência de imprensa realizada ontem", começa por afirmar numa nota a que o Notícias ao Minuto teve acesso, lembrando que a acusação estava relacionada com o facto de ter sido "vogal suplente da Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário (CPCI)".
“A declaração da coordenadora do BE, Mariana Mortágua, referindo-me como atual representante na Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário induz a opinião pública em erro. Antes de tomar posse como Secretário de Estado da Economia, cessei todas as minhas funções anteriormente exercidas, incluindo as na APCOR e, por inerência, qualquer representação na referida Confederação”, prossegue o Secretário de Estado da Economia, explicando ainda que a posição que tinha na dita Confederação decorria exclusivamente do seu cargo na direção executiva da APCOR (Associação Portuguesa de Cortiça), funções que terminou antes da sua tomada de posse como membro do Governo.
João Rui Ferreira "reitera o seu compromisso com a transparência no exercício das suas funções, colocando a sua experiência profissional ao serviço do interesse público e do desenvolvimento económico do país", acrescenta.
Recorde-se que o Bloco de Esquerda (BE) publicou, esta terça-feira, um artigo onde dava conta da alegada relação entre empresas imobiliárias e, não só deputados, como membros do Governo.
Em declarações aos jornalistas e falando do levantamento que o "partido tomou a liberdade de fazer", a líder bloquista, Mariana Mortágua, apelou ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que "aprenda com erros" e vete qualquer alteração futura à Lei dos Solos.
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