Maltratava avó e tia-avó há 9 anos: Agora, tentou matá-las (e foi detido)

Um homem de 26 anos agrediu duas familiares durante quase uma década. Este ano, tentou matar as duas quando estas não acederam a um pedido. Neto de uma das vítimas, este homem ficou detido preventivamente e a investigação continua.

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Notícias ao Minuto
05/03/2025 21:24 ‧ há 10 horas por Notícias ao Minuto

País

Lisboa

Um homem tentou matar a avó e a tia-avó na casa onde a família mora, depois de lhe ter sido negado um pedido para ficar sozinho numa divisão da casa, em Oeiras, no distrito de Lisboa.

 

De acordo com o que explica uma nota publicada esta quarta-feira no site do Ministério Público (MP), o agressor, de 26 anos, já vinha a maltratar as duas vítimas há quase uma década.

"Resulta fortemente indiciado dos factos que o arguido maltrata a avó e a tia-avó diariamente há cerca de 9 anos, altura em que começou a consumir estupefacientes, ameaçando-as de morte, aproveitando-se da idade avançada e da condição física muito frágil de ambas", lê-se na nota, que acrescenta que o homem "é toxicodependente e não trabalha" e que para além da avó materna, de 79 anos e da tia-avó, de 73, com quem vivia, também partilhava a casa com a mãe.

"Os factos indiciam ainda que, a 1 de março de 2025, o arguido chegou a casa e, ao encontrar as duas vítimas na cozinha a almoçar, ordenou à avó e à tia-avó que abandonassem aquela divisão pois queria a cozinha só para si", explica a nota do Ministério Público.

Segundo é detalhado, as mulheres recusaram-se a sair e o arguido ameaçou-as de morte, "munindo-se de uma faca de cozinha para as perseguir, atacando-as pelas costas".

Uma das vítimas acabou por perder os sentidos e a outra  conseguiu sair para a rua, onde gritou por socorro. As mulheres foram hospitalizadas, onde foram internadas e também submetidas a intervenções cirúrgicas.

"O arguido agiu livre, deliberada e conscientemente, no intuito não concretizado de matar e sabia que tais pancadas eram agressões aptas a atingir algum órgão vital provocando-lhe a morte", lê-se.

A nota do MP dá ainda conta de que aquando aconteceu a sua detenção, o arguido tinha "no quarto duas facas com vestígios de haxixe, destinadas ao corte e divisão desse estupefaciente, para posterior venda a terceiros, e uma balança de precisão eletrónica, bem como uma arma branca que apenas pode ser usada como instrumento de agressão."

Após o primeiro interrogatório judicial, foi-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva e de proibição de contactos com a vítima, mesmo em estado de reclusão.

Leia Também: Preventiva para suspeito detido após acidente que deixou PSP ferido

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