"Há mais um compromisso essencial na área da saúde que foi cumprido pelo nosso Governo e isso diz respeito à rede de cobertura de médico de medicina geral e familiar para toda a população da Madeira", disse Miguel Albuquerque aos jornalistas, à porta do centro de saúde de Machico.
Miguel Albuquerque, que é presidente do Governo Regional da Madeira desde 2015, recordou que nessa altura, quando iniciou funções, a cobertura de médico de família na região era de 65%, ou seja, existiam 130 médicos de medicina geral e familiar.
"O nosso compromisso foi assegurar a cobertura de toda a população da Madeira através da rede dos 47 centros de saúde com médicos de medicina geral e familiar e, obviamente, os enfermeiros e todo o pessoal agregado. Neste momento, temos 200 médicos de família na região a trabalhar nesta rede que assegura a cobertura a 100% da população", destacou.
Nessa quase meia centena de centros de saúde, que "têm um papel decisivo e fundamental naquilo que é a saúde pública através da prevenção e do acompanhamento dos doentes e dos cidadãos", só no ano passado realizaram-se milhão e 600 atos assistenciais, acrescentou.
Questionado sobre o facto de em alguns centros de saúde faltarem equipamentos, nomeadamente aparelhos de raio x, o também líder do PSD/Madeira disse que "tudo é progressivo".
"Neste momento, temos um concurso de milhão de euros para colocar os raio x na generalidade dos centros de saúde", referiu.
Sobre o prazo para que esses equipamentos cheguem aos centros de saúde, Miguel Albuquerque não avançou com uma data, remetendo para o momento em que a região tiver orçamento aprovado.
"Logo que tivermos o orçamento aprovado, já lançámos o concurso, mas neste momento estamos em gestão, só podemos adjudicar depois de termos Governo", referiu.
O Orçamento da Madeira para 2025 foi rejeitado no início de dezembro, um chumbo que aconteceu pela primeira vez no parlamento regional. Votaram contra o PS, JPP, Chega, IL e PAN. PSD e CDS-PP foram os únicos a votar a favor.
Já depois desse chumbo, e cerca de 10 meses depois das últimas eleições regionais antecipadas, foi aprovada uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente -- provocando a queda do executivo minoritário do PSD e posterior dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
Às legislativas de dia 23 na Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, concorrem 14 candidaturas, que vão disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
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