O Governo, agora em gestão, remodelou secretarias de Estado há pouco mais de um mês, e dessa mudança uma nova polémica pode ter surgido. Em causa está Maria Helena Moreira, que assumiu o cargo de adjunta do gabinete da Secretaria de Estado Adjunta e da Igualdade.
A notícia é avançada pela RTP, que dá conta da história no programa 'A Prova dos Factos', emitido esta sexta-feira.
Maria Helena Moreira tem 27 anos e foi nomeada para a secretaria que é por agora tutelada por Carla Rodrigues, tendo uma ligação familiar direta ao Partido Social Democrata (PSD) - é filha do deputado Almiro Moreira, eleito pelo círculo de Aveiro.
Mas a jovem já estava no Parlamento desde 2024, quando foi nomeada por despacho, em julho de 2024, para o cargo de assessora do grupo parlamentar do PSD, do qual o pai faz parte, como secretário.
À emissora Almiro Moreira negou envolvimento nesta nomeação, explicando que "o líder parlamentar [Hugo Soares] conheceu Maria Moreira na 'volta' nacional das eleições legislativas, onde se revelou uma das líderes organizativas do movimento de jovens, sendo uma operacional extraordinária."
Também a nota curricular de Maria Helena Moreira está 'na mira' desta investigação da emissora, já que dá conta de que esta se encontra a frequentar atualmente o 1.º ano da licenciatura em Ciências Sociais na Universidade Aberta, não sendo atualmente licenciada. À RTP, clarificou que obteve a célula de osteopata após a frequência de um ano na Escola da Cruz Vermelha do Norte.
Citado pela RTP, o Ministério da Juventude e Modernização sublinha "a experiência da adjunta Maria Helena Barata Cardoso Moreira nas áreas cívica, política e associativa, aliada à sua capacidade de trabalho, dinamismo e competência, são de grande relevância para o desempenho das funções que exerce no gabinete".
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