O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou a dedicação e o legado do ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, esta sexta-feira à noite, na chegada ao velório, lembrando que o social-democrata "vibrava muito com a causa pública" e tinha um "coração ilimitado", algo "muito raro na política".
"Em tudo o que se meteu – e eu acompanhei muito de perto – era um homem dedicado, disponível para os outros. Não posso esquecer que o meu pai morreu no 1 de dezembro de 2002 e era preciso dispensar a autópsia nos moldes dramáticos em que tinha acontecido e ele fez tudo o que podia para que isso pudesse ser assim, nas circunstâncias do caso, e tinha tanta coisa importante para resolver. Mas não foi comigo, foi com toda a gente. Sempre que ele foi necessário esteve presente. Por isso estamos presentes agora para lhe agradecermos", explicou Marcelo, em declarações aos jornalistas.
Para o chefe de Estado, o maior legado de Miguel Macedo foi ter "servido desinteressadamente o seu país e a sua terra".
"Vibrava com os seus conterrâneos", acrescentou o Presidente da República.
Nascido em Braga a 06 de maio de 1959, Miguel Macedo morreu na quinta-feira, aos 65 anos, vítima de ataque cardíaco.
Foi candidato à Câmara Municipal de Braga em 1993, vereador entre 1993 a 1997 e deputado municipal em diversos mandatos.
Também ocupou o cargo de ministro da Administração Interna do governo liderado por Pedro Passos Coelho, do qual se demitiu em novembro de 2014 na sequência de uma investigação à atribuição de vistos Gold, processo do qual seria absolvido.
Em 2024, foi eleito presidente da mesa da assembleia distrital de Braga do PSD.
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