O encontro, por videoconferência, pretende "aprofundar a forma como os países pretendem contribuir" para a coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz caso seja alcançado um cessar-fogo, avançou o Governo britânico num comunicado.
A reunião também vai atualizar os presentes com informação e progressos alcançados na reunião dos chefes de Estado-Maior realizada em Paris na terça-feira e sobre a mobilização de mais ajuda militar à Ucrânia.
A conferência acontece após várias semanas de diplomacia intensa por parte dos países europeus para mostrar aos Estados Unidos a disponibilidade para participar num processo de paz, mas também dos EUA, que têm mantido contactos com Kyiv e Moscovo para chegar a um entendimento.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, tem-se destacado na coordenação de várias iniciativas, nomeadamente na preparação de um "plano de paz" em conjunto com França, Ucrânia e outros países.
Uma das medidas mais emblemáticas foi a formação do que chama de 'Coalition of the Willing', uma coligação de países dispostos a participar numa força de manutenção de paz com soldados ou meios militares.
Uma sessão de planeamento militar deverá ser realizada na próxima semana.
O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, vai representar Portugal, um dos cerca de 25 países representados, a maioria europeus, mas que também vão incluir o Canadá, a Ucrânia, a Austrália e a Nova Zelândia.
A União Europeia e a NATO também deverão estar representadas.
Segundo o comunicado, Keir Starmer vai urgir os países a aumentar a pressão económica sobre a Rússia para forçar o Kremlin a negociar, a curto prazo, e estarem preparados para apoiar a paz na Ucrânia a longo prazo.
"Se a Rússia se sentar finalmente à mesa das negociações, temos de estar prontos para monitorizar o cessar-fogo para garantir que é uma paz séria e duradoura", afirmou.
O chefe do Governo britânico acredita que o Presidente russo, Vladimir Putin, "está a tentar adiar, dizendo que tem de haver um estudo minucioso antes de poder haver um cessar-fogo, mas o mundo precisa de ver ação, não um estudo ou palavras vazias e condições inúteis".
Esta semana, Kyiv aceitou a proposta norte-americana de um cessar-fogo de 30 dias, mais de três anos após a invasão russa, mas Putin expressou reservas sobre este plano e levantou "questões importantes" que precisam de ser abordadas antes que se possa chegar a uma trégua.
O G7 expressou hoje, numa declaração final após uma reunião dos ministros de Negócios Estrangeiros, o seu "apoio inabalável" à "integridade territorial" da Ucrânia e ameaçou a Rússia com novas sanções se não apoiar a proposta norte-americana de uma trégua de 30 dias, já aceite por Kyiv mas que encontrou resistências do Kremlin.
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