Num anterior balanço, a Proteção Civil do enclave, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas, tinha apontado, pelo menos, dez mortes.
Um dos ataques atingiu a casa da família Abu Daqa em Abasan al-Kabira, uma aldeia nos arredores de Khan Younis, perto da fronteira com Israel e dentro de uma área cuja desocupação o exército israelita ordenou no início da semana.
O ataque matou, pelo menos, 16 pessoas, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Hospital Europeu, que recebeu os mortos, incluindo um pai e os sete filhos, bem como os pais e o irmão de um bebé de um mês, que sobreviveu, juntamente com os avós.
O Hospital Europeu da cidade de Rafah, no sul do país, disse ter recebido um total de 26 corpos após os ataques noturnos, a maioria mulheres e crianças.
O Hospital Nasser, em Khan Younis, recebeu os corpos de sete pessoas mortas num ataque a uma casa.
No norte de Gaza, o Hospital Indonésio disse ter recebido os corpos de sete pessoas mortas num ataque a uma casa em Beit Lahiya, uma cidade perto da fronteira.
Na quarta-feira à noite, as autoridades de Saúde controladas pelo Hamas na Faixa de Gaza anunciaram que mais de 470 pessoas tinham sido mortas desde o reinício dos ataques israelitas.
As forças armadas israelitas lançaram na quarta-feira uma "operação terrestre limitada" para retomar parte de um corredor fundamental de Gaza, anunciou o exército.
As tropas entraram na área do Corredor de Netzarim, capturando cerca de metade da área até à estrada de Salah a-Din, segundo o jornal The Times of Israel.
A movimentação de tanques para Netzarim não é considerada uma invasão total, mas é a maior escalada de novas hostilidades desde o cessar-fogo de 19 de janeiro, de acordo com o diário Jerusalem Post.
O exército informou que as operações terrestres visam expandir a zona de segurança e criar um tampão parcial entre as partes norte e sul da Faixa, noticiou o jornal.
"No âmbito da operação, as forças recuperaram o controlo e alargaram o seu alcance até ao centro do eixo de Netzarim", acrescentou.
Desde o início da ofensiva, em outubro de 2023, foram mortas 49.547 pessoas na Faixa de Gaza, segundo o ministério, citado pela agência francesa AFP.
Israel retomou a campanha de bombardeamento na Faixa de Gaza após uma trégua de quase dois meses, durante a qual o grupo extremista Hamas trocou reféns israelitas por palestinianos detidos em Israel.
A trégua devia ter sido seguida por uma nova fase, mas as duas partes não chegaram a um acordo sobre os respetivos termos.
A ofensiva israelita em Gaza seguiu-se a um ataque do Hamas em Israel, em 09 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e fez 250 reféns, que foram levados para Gaza.
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