A deputada do Chega Cristina Rodrigues foi acusada da "prática de crime de dano relativo a programas ou outros dados informáticos" pelo Ministério Público (MP), revela um despacho citado pela Visão.
O mesmo documento aponta que "a ilicitude da conduta é muito elevada", no entanto, refere que "não deve ser aplicada à arguida Cristina Rodrigues pena superior a cinco anos, atenta a ausência de antecedentes criminais".
A queixa em questão foi feita pelo partido PAN, onde a deputada do Chega foi militante e para o qual exerceu funções como assessora jurídica, até 25 de junho de 2021.
O PAN teria feito uma queixa-crime onde acusava Cristina Rodrigues de invadir e apagar e-mails depois de se desvincular do partido e passar a deputada não inscrita.
O MP diz que "a arguida Cristina Rodrigues agiu livre, deliberada e conscientemente, acedendo às mensagens do e-mail [email protected] – e apagando-as –, num momento em que já não detinha autorização para aceder ao referido e-mail", cita o mesmo meio. Segundo a acusação, o objetivo da deputada era "impedir o Partido PAN de prosseguir a sua atividade política".
"De acordo com o referido contrato, competia ao Partido PAN colocar à disposição da arguida Cristina Rodrigues os adequados instrumentos de trabalho, devendo esta fazer um uso prudente dos mesmos, ficando, ainda, estipulado que a arguida Cristina Rodrigues deveria guardar confidencialidade e segredo das matérias, informações e documentos que chegassem ao seu conhecimento devido às funções exercidas, bem como assegurar a integridade de quaisquer conteúdos a que tivesse", revela o despacho de acusação, segundo a Visão.
A revista avança ainda que, na sequência da acusação, foi feito um pedido de levantamento da imunidade parlamentar à Assembleia da República.
[Notícia atualizada às 18h41]
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