E se fosse português? Tolentino, um dos nomes mais falados para ser Papa

Tolentino de Mendonça é poeta e professor. Nasceu na ilha da Madeira e estudou Ciências Bíblicas em Roma. Vive no Vaticano desde 2018, onde foi responsável pela Biblioteca Apostólica e pelo Arquivo Secreto. É atualmente prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação. Em 2019, foi elevado a cardeal pelo Papa Francisco.

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Notícias ao Minuto com Lusa
22/04/2025 17:24 ‧ há 2 dias por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Papa Francisco

Após a morte do Papa Francisco, inicia-se também a discussão impreterível em torno do seu sucessor. Portugal tem, pela primeira vez desde que o colégio cardinalício foi criado, quatro cardeais eleitores no Conclave e, embora não seja um dos 'favoritos', Tolentino de Mendonça é apontando como um dos potenciais sucessores de Francisco, tal como destacam vários meios internacionais. 

 

Ensaísta, dramaturgo, académico e teólogo, nasceu em 1965 em Machico, Madeira. Viveu em Angola até aos nove anos e entrou no seminário aos 11. 

Iniciou os estudos de Teologia em 1982 e foi ordenado padre em 1990 na diocese do Funchal.

Licenciado em Teologia pela Universidade Católica Portuguesa (1989), estudou Ciências Bíblicas em Roma e foi professor e vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, a instituição que escolheu para o doutoramento em Teologia Bíblica (2004).

Em 2011 foi nomeado consultor do Conselho Pontifício da Cultura.

Depois de orientar o retiro de quaresma do Papa Francisco em 2018, foi nomeado cardeal em 2019.

Ocupou altos cargos em Roma, incluindo o de arquivista e bibliotecário do Vaticano, antes de ser nomeado como prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, o equivalente num Governo a um ministério da Educação e Cultura.

Iniciou a sua carreira literária em 1990, com a publicação de 'Os dias contados'.

A par das funções eclesiásticas que exerceu, foi publicando uma vasta obra de poesia, ensaio e teatro. Colaborou em muitos outros livros como tradutor e organizador, além de ter tido uma crónica semanal no jornal Expresso.

Classificou a poesia como a arte de resistir ao tempo e viu a sua obra, como autor, distinguida com vários prémios. Agraciado com duas comendas - Ordem do Infante D. Henrique e Ordem Militar de Sant´Iago de Espada -, recebeu outras distinções, como a Medalha de Mérito da Região Autónoma da Madeira (2019), ou o prémio Europeu Helena Vaz da Silva (2020).

Em 2020, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, escolheu-o como presidente da Comissão Organizadora das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas desse ano.

É ligado à ala progressista da Igreja. Ao longo da sua vida sacerdotal, tem causado alguma controvérsia.

Apesar de nunca ter falado sobre o assunto, muitos são os que defendem que é "tolerante" à homossexualidade. Tinha uma estreita afinidade com o Papa Francisco e é visto como "uma figura emergente na religião católica".

Este ano, depois de Francisco ter sido internado, chegou a substituí-lo numa missa de domingo. 

Nascido em Buenos Aires, o Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado, tendo a sua última aparição pública ocorrido no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

O Conclave, para escolher o seu sucessor, deverá começar daqui a duas semanas.

Leia Também: Do luto à escolha do sucessor. O passo a passo após a morte de Francisco

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