Barco da IL não passou da barra, mas Rocha promete navegar "em mar alto"

A IL tinha previsto esta manhã um passeio de barco na Póvoa de Varzim, mas não passou da barra por impedimento da Polícia Marítima, o que levou Rui Rocha a prometer navegar em mar alto após as eleições.

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© Rui Rocha/X

Lusa
08/05/2025 14:35 ‧ há 3 horas por Lusa

Política

Legislativas

Acompanhado pelo ex-líder da IL e cabeça de lista no círculo do Porto, Carlos Guimarães Pinto, Rui Rocha embarcou esta manhã no barco Silva Marques, no porto da Póvoa de Varzim, com o intuito de abordar as questões do trabalho e da pesca.

 

No entanto, breves 10 minutos após terem largado do porto, rodeada por barcos à vela e já com o mar alto no horizonte, a embarcação deu meia volta serm passar a barra, tendo no regresso um jipe e dois agentes da Polícia Marítima à espera.

Entre as explicações dadas pela equipa da IL e a tripulação para esta súbita mudança de planos, está uma falta de autorização para a embarcação poder passar a barra, uma vez que já tinha saído para a pesca de madrugada, ou por haver excesso de tripulantes.

Sem querer interpretar este percalço como uma qualquer metáfora ligada a naufrágios ou choques com icebergues, Rui Rocha reconheceu, contudo, que gostava de ter mostrado os seus "dotes de condução em alto mar", mas manifestou-se convicto de que, a partir de 19 de maio, irá tomar o leme.

"Queremos um barco estável, mas que saiba enfrentar as dificuldades do país, as dificuldades do alto mar e que acelere, que consiga, dentro dessas dificuldades, ser um país mais forte, que acelere para soluções diferentes das que temos tido", disse, pedindo aos portugueses que "ponham muitos liberais na proa desse barco".

Apesar da boa disposição com que enfrentou o revés, Rui Rocha considerou, no entanto, que a situação é elucidativa do excesso de burocracia que considerou existir em Portugal e que, disse, "atrasa o país, sobrecarrega a atividade económica e as pessoas".

"Houve aqui uma interpretação de que [a viagem] se tratava de uma atividade comercial, mas percebem bem que se trata de atividade política, de liberdade de informação no vosso caso e, portanto, é bem o exemplo de como estes impedimentos, estas burocracias, estas dificuldades de interpretação, não são claras, são excessivas e criam dificuldades", lamentou.

Rui Rocha pediu assim aos eleitores que, no dia 18 de maio, deem à IL os votos necessários para que o partido "assuma a decisão necessária para clarificar a legislação, eliminar impedimentos e burocracia".

"Temos de simplificar o país, tornar as leis claras e simples para o país poder acelerar", disse.

Num porto dedicado à pesca, e onde esta manhã esteve também o ex-futebolista Fábio Coentrão, que não se cruzou com Rui Rocha, o líder da IL disse que a pesca é uma área, "como muitas outras em Portugal, em que o trabalho é pouco compensado".

"São atividades duras, difíceis, que implicam uma grande disponibilidade, um grande sacrifício, risco até. E a nossa proposta é que as pessoas em Portugal tenham a justa compensação pelo esforço que fazem", disse.

O líder da IL defendeu que "aqueles que se deitam tarde, que querem crescer pelo seu trabalho, seja na pesca, seja noutras atividades, têm de olhar para o resultado do seu trabalho no fim do mês e ver mais compensação".

"E também as pequenas empresas, os pequenos armadores, industriais, comerciantes, todos precisam de um país que, lá está, tenha menos burocracia. Nós não podemos ter um país virado para o cumprimento da lei, de várias leis ao mesmo tempo", disse, prometendo "simplificar o país" e "baixar os impostos para aqueles que produzem riqueza para o país".

Leia Também: Tavares acusa IL de ser "extremista" por defender revisão da Constituição

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