Segundo o comunicado, a detenção, feita pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria da PJ, ocorreu na quinta-feira.
"Os incêndios, três ocorridos em 29 de maio e um ocorrido em 09 de agosto de 2024, ateados com recurso a chama direta através de um isqueiro, ameaçaram o interface urbano-florestal da cidade de Ourém, constituído por aglomerados habitacionais e complexos comerciais nas imediações e uma vasta mancha florestal, povoada com pinheiro-bravo, carvalhos, eucaliptos e mato", explicou a PJ.
Ainda segundo a PJ, a "área ardida corresponde aproximadamente a dois mil metros quadrados".
"Caso não tivesse havido uma rápida e eficaz intervenção dos meios de combate, os incêndios poderiam ter tomado proporções mais gravosas", referiu a PJ, segundo a qual a investigação suspeita de que o arguido possa ser responsável por outros incêndios florestais ocorridos no mesmo concelho em anos anteriores, "considerando o padrão espaço-temporal e o 'modus operandi'".
Fonte da PJ de Leiria disse à agência Lusa que o arguido, "solteiro e sem apoio familiar, vive em casas devolutas ou de pessoas que o acolhem", fazendo "biscates na construção civil",
De acordo com a mesma fonte, as motivações para os incêndios, que ocorriam entre as 21h00 e as 03h00, estão ainda indefinidas.
O detido, sem antecedentes criminais, residente na zona, vai ser presente à autoridade judiciária competente para a eventual aplicação das medidas de coação, acrescentou a PJ.
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