Gouveia e Melo? "Grave que, 50 anos depois de Abril, tantos achem normal"

Isabel Moreira argumentou que "não há nada que justifique este entusiasmo ancorado em nevoeiro" quanto a uma eventual candidatura presidencial por parte do chefe do Estado-Maior da Armada.

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Notícias ao Minuto
24/11/2024 23:14 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

Política

Isabel Moreira

A deputada socialista Isabel Moreira recordou, este domingo, que o país não conhece ao almirante Henrique Gouveia e Melo "uma única ideia em matéria de política nacional", tendo considerado ser "grave que, quase 50 anos depois de Abril, tanta gente ache normal [imaginá-lo] como Presidente".

 

"O poder político e o poder militar ficaram nos lugares devidos em 1982. O facto de um militar ter tido um papel que agradecemos na logística das vacinas não nos diz mais do que isso. Não lhe conhecemos, como é normal, uma única ideia em matéria de política nacional, em matéria de poderes do Comandante Supremo das Forças Armadas, papel do Presidente da República", escreveu, na rede social X (Twitter).

A socialista foi mais longe, tendo salientando ser "irrelevante o que pensa um militar em matéria executiva, pois não lhe compete, nem lhe competirá, nada nessa matéria".

Ainda assim, apontou ser "grave que, quase 50 anos depois de Abril, tanta gente ache normal imaginar Gouveia e Melo como Presidente", o que descreveu como "uma lógica sebastianista, antidemocrática, apostada em alguém que sabe como ‘endireitar o país’ a partir de um cargo que não tem essa função".

"Mais um ‘anti-político’. Talvez com o tempo, à medida que o almirante fale, as pessoas percebam que não há nada que justifique este entusiasmo ancorado em nevoeiro", rematou.

Sublinhe-se que, de acordo com a SIC Notícias, Gouveia e Melo poderá oficializar a sua candidatura presidencial em março do próximo ano, uma vez que terá comunicado ao Governo que não está disponível para ser reconduzido nas funções que atualmente ocupa.

Em setembro, o almirante disse, em entrevista à RTP, que não se poderá manifestar quanto a uma eventual candidatura à Presidência da República enquanto for um militar no ativo. Ainda assim, o chefe do Estado-Maior da Armada, mandato que termina a 27 de dezembro, ressalvou que não exclui nem inclui a possibilidade de uma carreira política.

Leia Também: Montenegro não comenta recondução de Gouveia e Melo. E presidenciais?

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