O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, afirmou esta quarta-feira que ainda "não há uma decisão tomada" sobre uma eventual candidatura à Câmara Municipal do Porto, mas admitiu que, "na política", esse cargo seria a sua "cadeira de sonho".
"Não há uma decisão tomada, mas há uma decisão que vai ser tomada num prazo razoável. O nosso prazo será durante a primavera, sempre antes do verão", afirmou, na Grande Entrevista da RTP3, quando questionado sobre uma possível candidatura à presidência da Câmara Municipal do Porto.
Apesar de ter afirmado ter "uma tentação íntima gigantesca" de se candidatar, Pedro Duarte reiterou que "a decisão, de facto, não está tomada" e que "este não é o tempo para se tomar a decisão".
Ainda assim, admitiu que "gostava muito de ser presidente da Câmara do Porto", sendo a sua "cadeira de sonho".
"Se a pergunta é se eu gostava de ser presidente da Câmara do Porto, sim, eu gostava. Gostava muito de ser presidente da Câmara do Porto. Se puder citar um outro portuense, eu diria que, na política, a cadeira de presidente da Câmara do Porto é a minha cadeira de sonho", disse.
"É de facto a função que mais me realizaria por poder dedicar-me à minha cidade, com a qual eu tenho uma ligação desde que nasci. É uma ligação emocional muito forte de poder servir os meus amigos, os meus familiares, os meus vizinhos", explicou. "A tentação é de facto gigantesca".
No entanto, Pedro Duarte considerou que deve ter "sentido de responsabilidade" e saber que está no "exercício de uma missão e num serviço público enquanto ministro". "Está pré-definido, nomeadamente com o primeiro-ministro, que a decisão será tomada num outro momento mais à frente", disse.
Na terça-feira, o ministro Pedro Duarte assumiu ter "uma tentação íntima gigantesca" de se candidatar à Câmara Municipal do Porto, mas não anunciou ainda qualquer decisão.
"Nós definimos - e quando digo nós, é basicamente eu e o primeiro-ministro, mas também as estruturas partidárias, e não só do meu partido, e outras personalidades do Porto - um calendário para haver decisões a este respeito", afirmou.
"Qualquer apelo que venha da cidade do Porto para mim é muito relevante. Eu não ignoro, não consigo ignorar, por muito que quisesse, não posso ser indiferente. O máximo que posso dizer é que há de facto uma tentação íntima que é gigantesca", explicou.
Leia Também: Pedro Duarte assume "tentação gigantesca" de concorrer à Câmara do Porto